O governador Romeu Zema (Novo) comemorou a inclusão de antigos projetos de infraestrutura de Minas Gerais no novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), lançado nesta sexta-feira (11) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
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Apesar de não ter participado da cerimônia no Rio de Janeiro - Zema e outros governadores que fazem oposição ao governo Lula recusaram o convite -, o governador mineiro destacou o diálogo com o governo federal para definir quais obras serão contempladas.
“Depois de muito diálogo, negociação e várias viagens a Brasília, conseguimos incluir obras importantes para Minas nos investimentos de infraestrutura do governo federal. Lutamos para que os mineiros sejam tratados com a atenção que merecem. Serão R$ 33 bilhões destinados para atender as demandas históricas do estado. Esperamos que agora as duplicações da BR-381 e da BR-262 finalmente sejam concluídas e deixem de ser promessas”, afirmou Zema - que foi representado, no evento, pelo secretário-adjunto de Casa Civil, Firmino Geraldo de Oliveira Junior.
Zema citou também a expectativa com as relicitações das BRs 262 e 040. “Outra obra importante para nosso estado, principalmente para a escoamento da produção e que está prevista no pacote, é a relicitação da BR-262, entre Uberaba e Betim. Esse sabemos é um trecho perigoso, com muitos acidentes, que conheço de perto por usar nos meus deslocamentos entre BH e Araxá. Os motoristas que passam pela BR-040 e que também esperam há anos pela duplicação prometida também podem ficar esperançosos. Mais de R$ 17 bilhões serão destinados à rodovia, tanto no sentido Rio de Janeiro quanto para Brasília”, disse Zema.
O governador foi alfinetado durante a cerimônia pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), que abriu seu discurso fazendo uma reverência aos governadores do Nordeste. Nas últimas semanas, a relação entre Zema e aliados próximos de Lula passou por turbulências, com vários ministros criticando publicamente o governador de Minas.
Mesmo sem citar diretamente o governador de Minas, Silveira fez uma referência a uma declaração de Zema sobre o Consórcio Sul Sudeste. Integrantes da base aliada do governo Lula consideraram que a fala foi um ataque ao Consórcio Nordeste.