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Tarifaço: Brasil diz que está ‘pronto para dialogar’ após anúncio de 50% de Trump

Governo brasileiro enviou uma carta, assinada pelo vice-presidente Geraldo Alckmin e pelo chanceler Mauro Vieira

O presidente Lula e o candidato ao comando dos EUA Donad Trump

O governo brasileiro enviou um documento via diplomática para os Estados Unidos, assinado pelo vice-presidente Geraldo Alckmin e pelo chanceler Mauro Vieira, demonstrando abertura para um possível diálogo.

A carta, divulgada nesta quarta-feira (16), expressa indignação diante das tarifas de 50%, mas reitera que o governo “permanece pronto” para negociar. Veja a Carta na íntegra.

“A imposição das tarifas terá impacto muito negativo em setores importantes de ambas as economias, colocando em risco uma parceria econômica historicamente forte”, destaca o texto de uma página.

“O Brasil permanece pronto para dialogar com as autoridades americanas e negociar uma solução mutuamente aceitável sobre os aspectos comerciais da agenda bilateral”, diz a carta enviada ao secretário de Comércio dos Estados Unidos, Howard Lutnick, e ao representante comercial Jamieson Greer.

Investigação Comercial

O documento não menciona a investigação ao Brasil aberta na terça pelo governo de Donald Trump por “práticas comerciais desleais”.

Alckmin, em reunião com representantes de empresas americanas no país, disse que o governo brasileiro não vê “nenhum problema” na investigação. “O que nós precisamos resolver é a questão tarifária”, acrescentou.

O governo federal apontou ainda que há meses solicitou aos Estados Unidos uma investigação em áreas de preocupação no comércio bilateral e que, em maio, apresentou uma “minuta confidencial de proposta” para explorar “soluções mutuamente acordadas”.

Porém, “o governo brasileiro ainda aguarda a resposta dos EUA”, afirmaram Alckmin e Vieira na carta.

Popularidade de Lula

Segundo a AFP, a inesperada crise com os Estados Unidos elevou a popularidade de Lula, que tem invocado uma mensagem de unidade nacional diante da “interferência” americana.

A aprovação do petista subiu três pontos percentuais para 43%, enquanto sua desaprovação caiu de 57% para 53%, entre maio e julho, apresentou pesquisa Quaest.

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Mestrando em Comunicação Social na UFMG, é graduado em Jornalismo pela mesma Universidade. Na Itatiaia, é repórter de Cidades, Brasil e Mundo