O governo brasileiro enviou um documento via diplomática para os Estados Unidos, assinado pelo vice-presidente Geraldo Alckmin e pelo chanceler Mauro Vieira, demonstrando abertura para um possível diálogo.
A carta, divulgada nesta quarta-feira (16), expressa indignação diante das tarifas de 50%, mas reitera que o governo “permanece pronto” para negociar.
“A imposição das tarifas terá impacto muito negativo em setores importantes de ambas as economias, colocando em risco uma parceria econômica historicamente forte”, destaca o texto de uma página.
“O Brasil permanece pronto para dialogar com as autoridades americanas e negociar uma solução mutuamente aceitável sobre os aspectos comerciais da agenda bilateral”, diz a carta enviada ao secretário de Comércio dos Estados Unidos, Howard Lutnick, e ao representante comercial Jamieson Greer.
Investigação Comercial
O documento não menciona a investigação ao Brasil aberta na terça pelo
Alckmin, em reunião com representantes de empresas americanas no país, disse que o governo brasileiro não vê “nenhum problema” na investigação. “O que nós precisamos resolver é a questão tarifária”, acrescentou.
O governo federal apontou ainda que há meses solicitou aos
Porém, “o governo brasileiro ainda aguarda a resposta dos EUA”, afirmaram Alckmin e Vieira na carta.
Popularidade de Lula
Segundo a AFP, a inesperada crise com os Estados Unidos elevou a popularidade de Lula, que tem invocado uma mensagem de unidade nacional diante da “interferência” americana.
A aprovação do petista subiu três pontos percentuais para 43%, enquanto sua desaprovação caiu de 57% para 53%, entre maio e julho, apresentou pesquisa Quaest.