Centrais sindicais solicitaram uma reunião com o ministro Guilherme Boulos, da Secretaria-Geral da Presidência, para discutir a composição do grupo de trabalho técnico criado para debater os direitos dos entregadores por aplicativos.
As entidades consideram que o formato do colegiado restringe a participação sindical e enfraquece a representação dos trabalhadores.
A principal crítica é sobre a portaria que estabelece o limite de três representantes sindicais no grupo. Para a Força Sindical, a medida reduz o peso das centrais no debate e não reflete a diversidade da base de trabalhadores do setor.
Já a União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que não indicará nomes para o colegiado antes de um diálogo direto com o ministro. A central sustenta que a estrutura sindical é a representação legítima dos entregadores e não pode ser tratada como um ator secundário no processo.
As centrais avaliam que, sem ajustes na composição do grupo, o debate pode acontecer sem o devido protagonismo dos sindicatos, justamente em um tema sensível que envolve condições de trabalho, remuneração e proteção social em plataformas digitais.
Em nota, a Secretaria-Geral da Presidência informou que as centrais sindicais foram formalmente convidadas a integrar o Grupo de Trabalho Técnico dos Entregadores e que podem indicar seus representantes a qualquer momento. A pasta destacou ainda que um dos objetivos do GT é ouvir segmentos amplos da categoria que não são sindicalizados.
Segundo o ministério, por essa razão, também foram convidadas entidades com outras formas de organização, como associações de trabalhadores com representação regional, para garantir pluralidade de vozes no debate sobre o trabalho por aplicativos.
