Quaest: Câmara tem maioria para aumentar penas de facções, mas se divide com PEC da Segurança

Levantamento mostra que texto do governo Lula ainda enfrenta alguma resistência entre os deputados

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A maioria dos deputados apoia o aumento de penas para organizações criminosas, mas estão divididos sobre encampar a proposta de emenda à Constituição (PEC) enviada pelo governo Lula (PT) que reformula o sistema de segurança pública no país.

É o que aponta pesquisa Quaest divulgada nesta sexta-feira (12), encomendado pela Genial Investimentos. O levantamento ouviu 167 deputados federais, de 29 de outubro a 11 de dezembro. A margem de erro é de 7 pontos percentuais para mais ou para menos.

Quando questionados sobre o aumento de 3 a 8 anos para 5 a 10 anos a pena para quem integra, promove ou financia uma organização criminosa, 93% disseram ser a favor e apenas 2% se manifestaram contrários.

Percentual parecido foi encontrado sobre a criação do tipo penal “organização criminosa qualificada”, em que 92% dos parlamentares afirmaram que apoiam, enquanto 2% rejeitam a ideia.

Já sobre a ideia de fixar pena de 12 a 30 anos de prisão para homicídio praticado a mando de organização criminosa qualificada, 90% declararam ser favoráveis e novamente 2% disseram ser contra.

Entretanto, a divisão é mais acentuada em relação à PEC da Segurança Pública. Pela pesquisa, 49% dos deputados federais se manifestaram a favor, ante a 39% contra. Outros 12% não sabem ou não responderam.

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Repórter de política em Brasília. Formado em jornalismo pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), chegou na capital federal em 2021. Antes, foi editor-assistente no Poder360 e jornalista freelancer com passagem pela Agência Pública, portal UOL e o site Congresso em Foco.

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