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STF forma maioria para condenar Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro

Luiz Fux entendeu que o militar é culpado pelo crime de tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito

Preso desde maio, Mauro Cid colaborou com informações durante o julgamento do chamado núcleo da trama golpista

A primeira turma do Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria para condenar o tenente-coronel Mauro Cid por tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito. Na tarde desta quarta-feira (10), o ministro Luiz Fux entendeu que o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL) atuou ativamente para a alteração do regime vigente no país.

Com a decisão, Fux se juntou a Alexandre de Moraes e Flávio Dino pela condenação do militar neste crime. Cármen Lúcia e Cristiano Zanin ainda votarão no caso, mas a maioria da turma já está formada com entendimento de culpa do militar.

O entendimento de Fux sobre Cid foi anunciado em um voto que já durava cerca de seis horas. Apesar da condenação pela tentativa de abolição do Estado democrático de Direito, o ministro absolveu o militar da acusação de compor uma organização criminosa armada.

O ministro também entendeu que a tentativa de golpe de Estado está incluída no crime de abolição violenta do Estado Democrático de Direito.

Além de Cid, a primeira turma do STF julga o ex-presidente Jair Bolsonaro; Alexandre Ramagem, deputado federal e ex-diretor-geral da Abin (Agência Brasileira de Inteligência); Almir Garnier, almirante e ex-comandante da Marinha; Anderson Torres, ex-ministro da Justiça; Augusto Heleno, ex-ministro do GSI (Gabinete de Segurança Institucional); Paulo Sérgio Nogueira, general e ex-ministro da Defesa; e Walter Souza Braga Netto, ex-ministro da Defesa e da Casa Civil e candidato a vice-presidente em 2022.

Eles são réus indiciados pela Procuradoria Geral da República pelos crimes de organização criminosa armada; tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito; golpe de Estado; dano qualificado pela violência e ameaça grave; e deterioração de patrimônio tombado.

Fux já absolveu o núcleo pelos últimos três crimes listados. Moraes e Dino decidiram pela condenação na sessão de terça-feira (9).

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Repórter de política da Itatiaia, é jornalista formado pela UFMG com graduação também em Relações Públicas. Foi repórter de cidades no Hoje em Dia. No jornal Estado de Minas, trabalhou na editoria de Política com contribuições para a coluna do caderno e para o suplemento de literatura.
Jornalista pela UFMG, Lucas Negrisoli é editor de política. Tem experiência em coberturas de política, economia, tecnologia e trends. Tem passagens como repórter pelo jornal O Tempo e como editor pelo portal BHAZ. Foi agraciado com o prêmio CDL/BH em 2024.
Editor de Política. Formado em Comunicação Social pela PUC Minas e em História pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Já escreveu para os jornais Estado de Minas, O Tempo e Folha de S. Paulo.
Graduado em jornalismo e pós graduado em Ciência Política. Foi produtor e chefe de redação na Alvorada FM, além de repórter, âncora e apresentador na Bandnews FM. Finalista dos prêmios de jornalismo CDL e Sebrae.
Repórter de política em Brasília, com foco na cobertura dos Três Poderes. É formado em Jornalismo pela Universidade de Brasília (UnB) e atuou por três anos na CNN Brasil, onde integrou a equipe de cobertura política na capital federal. Foi finalista do Prêmio de Jornalismo da Confederação Nacional do Transporte (CNT) em 2023.
Supervisor da Rádio Itatiaia em Brasília, atua na cobertura política dos Três Poderes. Mineiro formado pela PUC Minas, já teve passagens como repórter e apresentador por Rádio BandNews FM, Jornal Metro e O Tempo. Vencedor dos prêmios CDL de Jornalismo em 2021 e Amagis 2022 na categoria rádio