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Julgamento de Bolsonaro: Fux vota para derrubar crime de organização criminosa

Ministro Luiz Fux abriu divergência do ministro relator, Alexandre de Moraes, e acatou questionamentos das defesas dos réus

Ministro Luiz Fux abriu divergência de Moraes em seu voto no processo da suposta trama golpista

O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou, durante a leitura de seu voto no processo da suposta trama golpista, na manhã desta quarta-feira (10), que

“Julgo manifesta ausência de correspondência entre as condutas narradas na inicial e o tipo penal, o que não permite outro caminho senão o de julgar improcedente a acusação no que tange à acusação no crime de organização criminosa”, afirmou Fux.

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O ministro questionou ainda a alegação da acusação sobre o uso de arma de fogo nos fatos narrados pela Procuradoria Geral da República.

“A pluralidade de crimes, pessoas e o plano delitivo não tipificam por si só o crime de organização ou associação criminosa porque esses elementos são intrínsecos a outra figura denominada concurso de pessoas na modalidade coautoria e participação”, afirmou Fux.

Os réus da trama golpista foram acusados no processo da trama golpista de integrarem uma organização criminosa armada.

Nulidades no processo

O ministro Luiz Fux defendeu a anulação completa do processo contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros sete aliados, acusados de tentativa de golpe após as eleições de 2022.

Para Fux, o STF não tem competência para julgar o caso, já que os réus não possuem mais prerrogativa de foro privilegiado.

“Concluo pela incompetência absoluta do Supremo Tribunal Federal para o julgamento deste processo, na medida em que os denunciados já haviam perdido os cargos. Em virtude dessa incompetência, impõe-se a declaração de nulidade de todos os atos decisórios praticados”, afirmou o ministro.

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Editor de Política. Formado em Comunicação Social pela PUC Minas e em História pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Já escreveu para os jornais Estado de Minas, O Tempo e Folha de S. Paulo.
Repórter de política em Brasília, com foco na cobertura dos Três Poderes. É formado em Jornalismo pela Universidade de Brasília (UnB) e atuou por três anos na CNN Brasil, onde integrou a equipe de cobertura política na capital federal. Foi finalista do Prêmio de Jornalismo da Confederação Nacional do Transporte (CNT) em 2023.
Supervisor da Rádio Itatiaia em Brasília, atua na cobertura política dos Três Poderes. Mineiro formado pela PUC Minas, já teve passagens como repórter e apresentador por Rádio BandNews FM, Jornal Metro e O Tempo. Vencedor dos prêmios CDL de Jornalismo em 2021 e Amagis 2022 na categoria rádio
Repórter de política da Itatiaia, é jornalista formado pela UFMG com graduação também em Relações Públicas. Foi repórter de cidades no Hoje em Dia. No jornal Estado de Minas, trabalhou na editoria de Política com contribuições para a coluna do caderno e para o suplemento de literatura.