O Relatório final da Polícia Federal (PF), que indiciou Jair e Eduardo Bolsonaro, aponta também que o general Walter Braga Netto enviou uma mensagem SMS para o ex-presidente, mesmo proibido de manter contato. O texto, recebido às 0:31, do dia 9 de Fevereiro deste ano, dizia: “Estou com este numero pré-pago para qualquer emergência. Não tem ‘zap’. Somente face time. Abs Braga Netto’’
Mensagem de SMS enviada por Braga Netto a Jair Bolsonaro de celular pré-pago
Ainda de acordo com o relatório, no dia anterior ao envio desta mensagem, a Polícia Federal realizou a ‘Operação Tempus Veritatis’. A ação teve como objetivo cumprir mandados de busca e apreensão e prisão expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Naquele dia, a partir de manifestação da Procuradoria Geral da República, o Ministro Alexandre de Moraes determinou a proibição de manter contatos entre os investigados, inclusive por meio de advogados.
Na mesma operação, Braga Netto teve o celular apreendido, o que justificaria a mudança de número do aparelho. No decorrer da investigação, A PF conseguiu descobrir também, no número pré-pago, uma chave ‘pix’, associada ao nome e ao CPF de Walter Braga Netto.
Na conclusão deste trecho do documento, a Polícia Federal ainda aponta que houve “total desprezo e alienação quanto às decisões emanadas pela Suprema Corte, o que agrava a ilicitude das condutas dos réus”.
