O senador Lindbergh Farias (PT-RJ) falou nesta quarta-feira (20), sobre o avanço das investigações que levaram ao indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) pela Polícia Federal. Para o parlamentar, a responsabilização dos dois é resultado direto da representação que apresentou e que originou o Inquérito nº 4995 no Supremo Tribunal Federal (STF).
Segundo Lindbergh, o caso começou com a apuração da atuação de Eduardo Bolsonaro nos Estados Unidos e foi ampliado até alcançar o próprio ex-presidente. Ambos foram indiciados pelo crime de coação no curso do processo, previsto no Código Penal, que segundo o senador atenta contra a independência da Justiça e busca intimidar instituições democráticas.
O petista ressaltou ainda que a investigação revelou novos elementos comprometedores. A PF encontrou mensagens em que Jair Bolsonaro discutia a possibilidade de solicitar asilo político na Argentina, o que, na avaliação do senador, reforça a gravidade das acusações. “Esse tipo de iniciativa mostra a consciência do ex-presidente sobre o peso dos crimes cometidos e a tentativa de escapar das consequências legais”, afirmou.
Com o indiciamento formalizado, Lindbergh lembrou que o próximo passo cabe ao Ministério Público Federal, que deve apresentar denúncia ao STF para transformar o inquérito em ação penal. “É fundamental que as instituições mantenham firmeza para garantir que Jair e Eduardo Bolsonaro respondam por seus atos e que a democracia prevaleça sobre qualquer tentativa de fuga ou interferência”, disse o senador.