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Nas redes sociais, direita lamenta e questiona condenação de Bolsonaro no STF

Parlamentares foram às redes sociais para questionar a decisão de ministros que condenaram o ex-presidente a 27 anos e três meses de prisão

O ex-presidente Jair Bolsonaro, condenado pelo STF a 27 anos e três meses de prisão

A condenação criminal do ex-presidente Jair Bolsonaro a 27 anos e três meses de prisão, após a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) formar maioria, gerou repercussão imediata entre políticos de direita, que usaram as redes sociais para questionar e criticar a decisão. Na tarde desta quinta-feira (11), a ministra Cármen Lúcia proferiu o voto decisivo, fazendo com que o ex-presidente fosse enquadrado como culpado por tentativa de golpe de Estado e outros quatro crimes.

Donald Trump, presidente do Estados Unidos e crítico do processo judicial que condenou Bolsonaro, se disse surpreso com a condenação.

O republicano foi perguntado por um repórter ao deixar a Casa Branca na tarde desta quinta-feira (11), logo após o resultado e declarou que a condenação foi “parecida com o que tentaram fazer com ele e não conseguiram”.

“Assisti ao julgamento, o conheço muito bem. Como líder estrangeiro, achei que ele era um bom presidente para o Brasil e é muito surpreendente que isso possa acontecer. Eu o conheci como presidente do Brasil e ele é um bom homem”, declarou Donald Trump.

No X, antigo Twitter, o Partido Liberal (PL), de Jair Bolsonaro, publicou uma nota assinada pelo presidente nacional da legenda, Valdemar da Costa Neto, afirmando que a condenação “entra para uma das páginas mais sombrias da nossa vida política”. Além disso, foi dito que “o Partido Liberal não descansará até aprovar a anistia”.

Além de Bolsonaro, o STF condenou Alexandre Ramagem, deputado federal e ex-diretor-geral da Abin (Agência Brasileira de Inteligência); Almir Garnier, almirante e ex-comandante da Marinha; Anderson Torres, ex-ministro da Justiça; Augusto Heleno, ex-ministro do GSI (Gabinete de Segurança Institucional); Mauro Cid, ex-ajudante de ordens; Paulo Sérgio Nogueira, general e ex-ministro da Defesa; e Walter Souza Braga Netto, ex-ministro da Defesa e da Casa Civil e candidato a vice-presidente em 2022.

Flavio Bolsonaro, senador (PL-RJ) e filho de Jair Bolsonaro, afirmou que “a supremacia venceu a democracia”.

“Hoje é o dia em que a supremacia venceu a democracia! Os perseguidos injustamente entram para a História, os perseguidores para a escória. Não vamos desistir do nosso Brasil!”, escreveu ele.

Os outros filhos de Jair, Eduardo Bolsonaro (PL-SP), deputado federal licenciado, e Carlos Bolsonaro (PL-RJ) vereador na cidade do Rio de Janeiro, se limitaram a compartilhar uma mensagem com os dizeres “SUPREMA PERSEGUIÇÃO QUEREM MATAR BOLSONARO”.

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Políticos mineiros

Um dos principais aliados políticos de Bolsonaro, o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) alegou imparcialidade dos julgadores.

“27 anos de prisão. Formou-se a “maioria” no STF para condenar Bolsonaro. Nem mesmo homicidas, corruptos e traficantes costumam ter penas semelhantes. Infelizmente, nada surpreendente. Entre os julgadores que deveriam ser imparciais estão: advogado, amigo e indicado por Lula para estar ali. Entre a encenação e a Constituição, infelizmente prevaleceu a encenação.

Registro meu respeito ao lúcido voto do Min. Fux - que demonstrou o óbvio: o STF é incompetente para julgar o caso, além da insuficiência de provas para a condenação. Divergência rara num tribunal cada vez mais parecido com um diretório partidário”, escreveu o parlamentar.

O deputado estadual Bruno Engler (PL-MG) chamou a decisão de perseguição política.

“Primeira Turma forma maioria para condenar Bolsonaro. Infelizmente tem ministros dispostos a rasgar o nosso ordenamento jurídico para perseguir um adversário político”, publicou, junto de um vídeo.

Pablo Almeida (PL-MG), vereador em Belo Horizonte, afirmou que o “STF rasgou a Constituição”.

“Saiu a confirmação do óbvio, mesmo com o ministro Fux apontando todas as falhas e vícios do relatório de Alexandre de Moraes. O STF rasgou a Constituição. A 1ª Turma, sem legitimidade para julgar Bolsonaro, escolheu interesses políticos acima da lei”, alegou.

Maic Costa é jornalista, formado pela UFOP em 2019 e um filho do interior de Minas Gerais. Atuou em diversos veículos, especialmente nas editorias de cidades e esportes, mas com trabalhos também em política, alimentação, cultura e entretenimento. Agraciado com o Prêmio Amagis de Jornalismo, em 2022. Atualmente é repórter de cidades na Itatiaia.
Repórter de política da Itatiaia, é jornalista formado pela UFMG com graduação também em Relações Públicas. Foi repórter de cidades no Hoje em Dia. No jornal Estado de Minas, trabalhou na editoria de Política com contribuições para a coluna do caderno e para o suplemento de literatura.
Jornalista pela UFMG, com passagem pela Rádio UFMG Educativa. Na Itatiaia, já atuou na produção de programas da grade, apuração e na reportagem da Central de Trânsito Itatiaia Emive. Atualmente, contribui como repórter na editoria de política.
Jornalista pela UFMG, Lucas Negrisoli é editor de política. Tem experiência em coberturas de política, economia, tecnologia e trends. Tem passagens como repórter pelo jornal O Tempo e como editor pelo portal BHAZ. Foi agraciado com o prêmio CDL/BH em 2024.
Repórter de política em Brasília, com foco na cobertura dos Três Poderes. É formado em Jornalismo pela Universidade de Brasília (UnB) e atuou por três anos na CNN Brasil, onde integrou a equipe de cobertura política na capital federal. Foi finalista do Prêmio de Jornalismo da Confederação Nacional do Transporte (CNT) em 2023.
Supervisor da Rádio Itatiaia em Brasília, atua na cobertura política dos Três Poderes. Mineiro formado pela PUC Minas, já teve passagens como repórter e apresentador por Rádio BandNews FM, Jornal Metro e O Tempo. Vencedor dos prêmios CDL de Jornalismo em 2021 e Amagis 2022 na categoria rádio