A condenação criminal do ex-presidente Jair Bolsonaro a 27 anos e três meses de prisão,
Donald Trump, presidente do Estados Unidos e crítico do processo judicial que condenou Bolsonaro,
O republicano foi perguntado por um repórter ao deixar a Casa Branca na tarde desta quinta-feira (11), logo após o resultado e declarou que a condenação foi “parecida com o que tentaram fazer com ele e não conseguiram”.
“Assisti ao julgamento, o conheço muito bem. Como líder estrangeiro, achei que ele era um bom presidente para o Brasil e é muito surpreendente que isso possa acontecer. Eu o conheci como presidente do Brasil e ele é um bom homem”, declarou Donald Trump.
No X, antigo Twitter, o Partido Liberal (PL), de Jair Bolsonaro, publicou uma nota assinada pelo presidente nacional da legenda, Valdemar da Costa Neto, afirmando que a condenação “entra para uma das páginas mais sombrias da nossa vida política”. Além disso, foi dito que “o Partido Liberal não descansará até aprovar a anistia”.
Que dia triste para o Brasil. O Supremo Tribunal Federal condena o presidente Jair Bolsonaro, um homem honesto, que sempre trabalhou pelo bem do povo brasileiro e que liderou um governo sem corrupção.
— Partido Liberal - PL 22 (@plnacional_) September 11, 2025
Esta condenação entra para uma das páginas mais sombrias da nossa vida…
Além de Bolsonaro, o STF condenou Alexandre Ramagem, deputado federal e ex-diretor-geral da Abin (Agência Brasileira de Inteligência); Almir Garnier, almirante e ex-comandante da Marinha; Anderson Torres, ex-ministro da Justiça; Augusto Heleno, ex-ministro do GSI (Gabinete de Segurança Institucional); Mauro Cid, ex-ajudante de ordens; Paulo Sérgio Nogueira, general e ex-ministro da Defesa; e Walter Souza Braga Netto, ex-ministro da Defesa e da Casa Civil e candidato a vice-presidente em 2022.
Flavio Bolsonaro, senador (PL-RJ) e filho de Jair Bolsonaro,
“Hoje é o dia em que a supremacia venceu a democracia! Os perseguidos injustamente entram para a História, os perseguidores para a escória. Não vamos desistir do nosso Brasil!”, escreveu ele.
Hoje é o dia em que a supremacia venceu a democracia!
— Flavio Bolsonaro (@FlavioBolsonaro) September 11, 2025
Os perseguidos injustamente entram para a História, os perseguidores para a escória.
Não vamos desistir do nosso Brasil!#BolsonaroInocente pic.twitter.com/uV43y0oBoU
Os outros filhos de Jair, Eduardo Bolsonaro (PL-SP), deputado federal licenciado, e Carlos Bolsonaro (PL-RJ) vereador na cidade do Rio de Janeiro, se limitaram a compartilhar uma mensagem com os dizeres “SUPREMA PERSEGUIÇÃO QUEREM MATAR BOLSONARO”.
Políticos mineiros
Um dos principais aliados políticos de Bolsonaro, o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) alegou imparcialidade dos julgadores.
“27 anos de prisão. Formou-se a “maioria” no STF para condenar Bolsonaro. Nem mesmo homicidas, corruptos e traficantes costumam ter penas semelhantes. Infelizmente, nada surpreendente. Entre os julgadores que deveriam ser imparciais estão: advogado, amigo e indicado por Lula para estar ali. Entre a encenação e a Constituição, infelizmente prevaleceu a encenação.
Registro meu respeito ao lúcido voto do Min. Fux - que demonstrou o óbvio: o STF é incompetente para julgar o caso, além da insuficiência de provas para a condenação. Divergência rara num tribunal cada vez mais parecido com um diretório partidário”, escreveu o parlamentar.
27 anos de prisão. Formou-se a “maioria” no STF para condenar Bolsonaro. Nem mesmo homicidas, corruptos e traficantes costumam ter penas semelhantes. Infelizmente, nada surpreendente. Entre os julgadores que deveriam ser imparciais estão: advogado, amigo e indicado por Lula para…
— Nikolas Ferreira (@nikolas_dm) September 11, 2025
O deputado estadual Bruno Engler (PL-MG) chamou a decisão de perseguição política.
“Primeira Turma forma maioria para condenar Bolsonaro. Infelizmente tem ministros dispostos a rasgar o nosso ordenamento jurídico para perseguir um adversário político”, publicou, junto de um vídeo.
Primeira Turma forma maioria para condenar Bolsonaro. Infelizmente tem ministros dispostos a rasgar o nosso ordenamento jurídico para perseguir um adversário político. pic.twitter.com/mS5K5r8lWZ
— Bruno Engler (@BrunoEnglerDM) September 11, 2025
Pablo Almeida (PL-MG), vereador em Belo Horizonte, afirmou que o “STF rasgou a Constituição”.
“Saiu a confirmação do óbvio, mesmo com o ministro Fux apontando todas as falhas e vícios do relatório de Alexandre de Moraes. O STF rasgou a Constituição. A 1ª Turma, sem legitimidade para julgar Bolsonaro, escolheu interesses políticos acima da lei”, alegou.