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Sóstenes defende Bolsonaro e acusa Moraes de perseguição política

Oposição acusa Moraes de perseguição, defende anistia e diz que apenas Bolsonaro decidirá sobre sua candidatura em 2026

O líder do PL na Câmara comenta a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro

O deputado federal Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) voltou a criticar nesta quinta-feira (11) o Supremo Tribunal Federal e acusou o ministro Alexandre de Moraes de perseguir politicamente o ex-presidente Jair Bolsonaro. Em entrevista a jornalistas, o parlamentar disse que o país estaria “congelado pela corrupção” e que as decisões contra Bolsonaro representam uma tentativa de inviabilizar sua candidatura em 2026.

Segundo Sóstenes, enquanto o presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi condenado por corrupção em três instâncias antes de ter as sentenças anuladas pelo STF, Bolsonaro teria sido alvo de decisões “apressadas” e “manipuladas”. “O presidente Lula foi condenado em todas as instâncias, com pena aumentada e por unanimidade. Já Bolsonaro teve apenas uma decisão, de uma turma manipulada pelo ministro Alexandre de Moraes”, afirmou.

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Debate sobre anistia

As declarações ocorrem em meio ao avanço no Congresso das discussões sobre a anistia a Bolsonaro e aos investigados pelos atos de 8 de janeiro. A proposta, defendida pela base do PL, busca perdoar as penas e acusações ligadas ao ex-presidente e a apoiadores, sob o argumento de que houve perseguição política e excesso nas decisões judiciais.

Para Sóstenes, caso a Justiça mantenha a linha atual, o efeito poderá ser contrário ao esperado. “Se Bolsonaro for preso, o povo brasileiro, que sabe da integridade dele, vai se colocar ao lado do presidente. Esse tiro vai sair pela culatra, será um tiro contra aqueles que perseguem Bolsonaro”, disse.

Unidade no PL e sucessão

O parlamentar também destacou que a prioridade do PL é manter a unidade em torno do ex-presidente, mas reconheceu preocupação com o estado de saúde dele, devido às cirurgias recentes. “Se em algum momento Bolsonaro entender que não terá condições, seja políticas, jurídicas ou de saúde, apenas ele poderá tomar essa decisão. E quem ele indicar terá nosso apoio irrestrito”, garantiu.

Ao ser questionado sobre uma definição antecipada da candidatura, Sóstenes descartou pressa: “Lula só foi oficializado no ano da eleição. Para Bolsonaro não precisa ser diferente. Essa decisão não tem que ser agora”, concluiu.

Aline Pessanha é jornalista, com Pós-graduação em Marketing e Comunicação Integrada pela FACHA - RJ. Possui passagem pelo Grupo Bandeirantes de Comunicação, como repórter de TV e de rádio, além de ter sido repórter na Inter TV, afiliada da Rede Globo.