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Eduardo Bolsonaro afirma que EUA podem enviar caças e navios de guerra ao Brasil

O parlamentar licenciado tem articulado sanções ao país junto a autoridades americanas

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP)

O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) voltou a subir o tom ao falar de possíveis retaliações do governo dos Estados Unidos ao Brasil em relação à condenação de seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, a 27 aos e três meses de prisão, pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Em entrevista à coluna do Paulo Cappelli, no Metrópoles, o parlamentar afirmou que os EUA podem enviar caças F-35 e navios de guerra ao Brasil no futuro.

“Acho que nesse momento não. Mas se o regime brasileiro for consolidado e tiver uma evolução igual à da Venezuela, com eleições que não são nada transparentes, sem a ampla participação da oposição, regado a censura e prisões políticas, no Brasil pode perfeitamente no futuro ser necessária a vinda de caças F-35 e de navios de guerra, porque é o atual estágio da Venezuela”, projetou Eduardo.

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Segundo Eduardo Bolsonaro, se o Brasil chegar em um estágio de Venezuela, em suas palavras, o “remédio diplomático” não será o suficiente. Ele ainda fez menção à declaração da porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavit, que, apontou que Donald Trump “não tem medo de usar meios militares para proteger a liberdade de expressão” ao comentar o julgamento de Bolsonaro.

“E você não consegue consertar mais aquilo com remédios diplomáticos como as sanções. Então poderia ser um uso para o futuro. Acho que a porta-voz da Casa Branca, Karoline Lavit, foi muito feliz falando isso porque demonstra a disposição do governo Trump em defender as pautas da liberdade. Eu acho que se as autoridades brasileiras tiverem juízo, elas vão prestar muita atenção nesse discurso”, afirmou.

Assista à entrevista:

Eleições de 2026

Eduardo Bolsonaro condicionou a suposta intervenção norte-americana ao andamento das eleições de 2026 no Brasil. Ele apontou alguns critérios que, em sua visão, serão decisivos.

“Ano que vem a gente tem eleição. Se nós não tivermos uma ampla participação da oposição. Se nós tivermos eleições à base de censura, onde a população brasileira siga com medo de expressar suas opiniões ou tenha de deletar tuítes através de ordens secretas, se não puder falar a verdade sobre Lula e assim por diante, por que a maior potencial mundial, farol da liberdade, da democracia, teria de reconhecer a democracia brasileira?”, conjecturou o deputado federal.

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Eduardo Bolsonaro se diz favorável a intervenção militar dos EUA

Reforçando o discurso já apresentado em outras oportunidades de “queimar roda a floresta” para combater o STF, Eduardo se disse favorável a uma intervenção militar dos Estados Unidos.

“Ano que vem a gente tem eleição. Se nós não tivermos uma ampla participação da oposição. Se nós tivermos eleições à base de censura, onde a população brasileira siga com medo de expressar suas opiniões ou tenha de deletar tuítes através de ordens secretas, se não puder falar a verdade sobre Lula e assim por diante, por que a maior potencial mundial, farol da liberdade, da democracia, teria de reconhecer a democracia brasileira?

Eu prefiro não fechar os meus olhos para a realidade que acontece no meu país. Isso vai postergar o sacrifício. E quanto a conta vier, virá ainda maior. Não quero chegar a esse momento. O Brasil tem que se comportar como uma democracia. Não é encarcerando o líder da oposição que você vai fazer uma eleição. Não é violando a Constituição que você vai preservar a Constituição. Isso está muito claro para todo mundo que está acompanhando essa inquisição no Supremo Tribunal Federal liderada pelo Alexandre de Moraes”, completou.

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