O advogado Celso Villardi, responsável pela defesa de Jair Bolsonaro (PL) no
Em sua manifestação no segundo dia de julgamento, na manhã desta quarta-feira (3), Villardi questionou as mudanças de versão nas delações de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, e afirmou que não faz sentido ligar o ex-presidente aos atos de 8 de janeiro.
“Ele (Mauro Cid) foi chamado para depor 11, 12, 15 ou 16 vezes. Em todas as 16 vezes ele mudou de versão diversas vezes. Não sou eu que estou dizendo, mas o MP e a PF. No último relatório, de novembro, a acusação diz que ele tem inúmeras versões e alterações”, afirmou o advogado de Bolsonaro.
“Não tem um email, não tem uma pessoa que atrele o presidente ao 8 de janeiro, não tem nada. A denúncia está baseada em um general que imprime uma minuta no Palácio. Essa é a prova? Onde está nos acordos que Bolsonaro é o instigador e o chefe?”, perguntou Villardi.
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“A tal minuta é uma peça encontrada no celular do colaborador. Que em seus depoimentos disse que não transmitiu a ninguém. Nessa peça há algumas digressões e um final em que fala em GLO e Estado de Sítio”, continuou o advogado.
O ex-presidente Jair Bolsonaro foi acusado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) de ter cometido cinco crimes entre 2021 e 2023: tentativa de golpe de Estado, de abolição do Estado democrático de Direito, associação criminosa, dano qualificado do patrimônio público e deterioração do patrimônio tombado.