O Governo do Brasil voltou a reafirmar nesta terça feira (2), o compromisso em defesa do fim da
Em entrevista coletiva, Gleisi destacou que a pauta está entre as prioridades do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e que a mudança vai além da simples redução de horas trabalhadas.
“Não adianta apenas reduzir a jornada. É necessário que os trabalhadores tenham tempo e condição de resolver seus problemas, aproveitar momentos de lazer e cuidar das suas famílias”, afirmou a ministra.
Segundo Gleisi, após a isenção do Imposto de Renda para quem recebe até cinco mil reais, o fim da escala 6x1 representa mais um passo importante para a melhoria da qualidade de vida da população trabalhadora no país: “Ao lado da isenção do Imposto de Renda, o fim da escala 6x1 ajuda a garantir qualidade de vida à maioria das trabalhadoras e trabalhadores do Brasil”, declarou.
A manifestação do governo ocorre após a apresentação do parecer do deputado federal Luiz Gastão, relator da Subcomissão da Escala 6x1 na Câmara dos Deputados. O documento propõe a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais, mas mantém o modelo de seis dias de trabalho e apenas um de descanso.
A proposta surpreendeu membros do Executivo, que esperavam uma sinalização mais direta pelo fim da escala. Guilherme Boulos afirmou que a posição do governo seguirá firme tanto no Congresso quanto junto à sociedade.
“Nós fomos surpreendidos pelo relatório da subcomissão. Então vamos seguir defendendo essa posição do fim da escala 6x1, sem redução do salário, no Parlamento, na sociedade, nas ruas e dialogar com o conjunto dos parlamentares. É uma pauta aprovada por mais de 70 por cento da população brasileira em todas as pesquisas”, disse o ministro.
PEC propõe quatro dias de trabalho e três de descanso
A discussão gira em torno da PEC 8 de 2025, que propõe a extinção da escala 6x1 e estabelece uma nova jornada de quatro dias de trabalho e três dias de descanso, com limite de 36 horas semanais.
O objetivo do debate é avaliar os impactos da atual escala na saúde dos trabalhadores, na qualidade de vida e também nas relações sociais e familiares.
A subcomissão especial criada para analisar o tema volta a se reunir nesta quarta feira dia 3 de dezembro, às 9 horas, quando serão discutidas e votadas propostas legislativas sobre o assunto. Depois dessa etapa, o texto ainda passará pela análise da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados.
O governo já sinalizou que pretende intensificar a articulação política para tentar alterar o relatório e construir apoio à mudança definitiva do modelo de jornada no país.