Com déficit previsto de R$ 700 milhões, Câmara de BH aprova orçamento de 2026

Diferente do ano passado, quando os vereadores promoveram uma ‘guerra de emendas’, a discussão do orçamento terminou com pouca discordância

Legislação foi aprovada no plenário da Câmara Municipal de Belo Horizonte nesta terça-feira (2)

Vereadores da Câmara Municipal de Belo Horizonte aprovaram em turno único o projeto de lei da Lei Orçamentária Anual de 2026 (LOA), com déficit financeiro previsto de R$ 700 milhões. O texto, de autoria da prefeitura, teve 38 votos a favor, atingindo unanimidade. Entretanto, algumas emendas que incluem propostas orçamentárias ou alteram o texto, causaram discordância de alguns parlamentares.

Diferente do ano passado, quando os vereadores promoveram uma ‘guerra de emendas’, a discussão do orçamento terminou com pouca discordância. A LOA estima todas as receitas e despesas da prefeitura para o ano seguinte, detalhando como os recursos públicos serão arrecadados e gastos.

Para 2026, a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) prevê R$ 24,13 bilhões de arrecadação, enquanto espera ter despesas na casa dos R$ 24,9 bilhões, sendo que a saúde representa 31,61% do total das despesas; a educação 17,18%; e o transporte 6,96%. Deste modo, a PBH deve gastar R$ 700 milhões a mais do que vai arrecadar.

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O líder de governo da PBH, vereador Bruno Miranda (PDT), afirma que o executivo espera abater o déficit previsto com o saldo do orçamento esperado para este ano.

“Vale destacar que no ano passado e também nos anos anteriores, houve uma previsão de déficit. A prefeitura costuma ser muito conservadora no ponto de vista de planejamento e receita. Nos outros anos, a prefeitura conseguiu equacionar no final do ano o déficit da despesa com a receita”, pontua.

“É a ideia que, se caso esse ano a gente tenha o superávit da execução orçamentária de 2025, a gente use esse recurso para poder diminuir o déficit do ano que vem. Então garantindo os serviços, garantindo os contratos, dessa forma, com o pé no chão, vamos dizer assim, do ponto de vista de receita, tem sido feito o orçamento da prefeitura e tem funcionado.”, afirmou.

Plano Plurianual é aprovado

Os vereadores também aprovaram o PPAG (Plano Plurianual de Ação Governamental), que faz uma previsão do planejamento estratégico orçamentário de médio prazo da prefeitura e estabelece objetivos e investimentos prioritários para o quadriênio 2026-2029.

Com unanimidade e em turno único, os parlamentares aprovaram a previsão de receitas de R$ 24,14 bilhões em 2026; R$ 25,13 bilhões em 2027; R$ 26,83 bilhões em 2028; e R$ 28,35 bilhões em 2029.

Quanto aos gastos, são esperados R$ 24,924 bilhões em 2026; R$ 25,503 bilhões em 2027; R$ 26,934 bilhões em 2028; e R$ 28,350 bilhões em 2029. Maior parte dos recursos deve ser empenhado saúde (30,16%); eixo administrativo (21,49%) e educação (16,98%).

Jornalista graduado pela PUC Minas; atua como apresentador, repórter e produtor na Rádio Itatiaia em Belo Horizonte desde 2019; repórter setorista da Câmara Municipal de Belo Horizonte.

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