O presidente da Câmara, deputado Hugo Motta (Republicanos–PB), e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União–AP), devem se reunir na noite desta quarta-feira (24) para discutir o andamento do projeto que concede anistia aos condenados pelos atos de 8 de janeiro de 2023.
De acordo com o relator da proposta, deputado Paulinho da Força (Solidariedade–SP), o encontro está previsto para acontecer por volta das 23h, na Residência Oficial da Câmara, e ele também deve participar da reunião.
“De fato, existe a preocupação de a Câmara votar o PL e o Senado não dar sequência. Como estou trabalhando para pacificar o país, sugeri essa reunião para evitar um embate entre as duas Casas”, afirmou Paulinho à imprensa.
O relator deixou o plenário da Câmara mais cedo para ir ao Senado conversar pessoalmente com Alcolumbre e articular o encontro.
A reunião ocorre em meio a críticas de deputados que alertam para a necessidade de alinhamento entre Câmara e Senado. O temor é de que a proposta tenha o mesmo destino da
Na avaliação de Paulinho, se não houver esse alinhamento entre os dois presidentes a proposta não deve ter avanço. Mas o relator comenta também que acredita na votação da pauta já na semana que vem, exatamente pelo consenso que espera para mais tarde.
“Eu entendo que isso inclusive é uma condição, que caso não haja esse entendimento, a Câmara nem vota”, declarou o relator
Quando perguntado sobre o Supremo Tribunal Federal, Paulinho diz que já é um velho conhecido na casa e que se ninguém o procurou até agora, é porque o assunto já está pacificado por lá também.
Redução de penas
Paulinho tem se reunido com diversas bancadas para tentar
Por conta dessa mudança, o texto passou a ser chamado de
“Eu sou sempre a favor do diálogo e essa reunião é importante acontecer pq tiveram alguns desacertos e pode ser nessa conversa que a gente resolva todas as questões referentes a Dosimetria”, complementou Paulinho.
Nesta quarta-feira, o relator se encontrou com representantes de PT, União Brasil, PP e PDT. Na terça-feira, ele já havia dialogado com parlamentares do PL, Republicanos e MDB.
O PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, saiu do encontro sem acordo e segue defendendo uma anistia total aos envolvidos.
Paulinho afirmou que ainda não definiu quais crimes terão redução de pena nem o percentual da diminuição, mas reforçou que busca “um equilíbrio” na proposta.