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Lula disse que foi surpreendido com aproximação de Trump: ‘Pintou uma química mesmo’

O republicano afirmou que, em um encontro breve, abraçou o presidente brasileiro e que os dois tiveram ‘química excelente’

O presidente Lula (PT) volta para o Brasil após participação na Assembleia Geral da ONU, em Nova York.

O presidente Lula (PT) disse, em entrevista coletiva na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), nesta quarta-feira (24), que ficou “surpreso” com a aproximação do homólogo dos Estados Unidos, Donald Trump, na última terça-feira (23).

Para jornalistas, Lula descreveu o encontro como “breve”, após deixar o plenário. “Estava saindo para ir embora quando Trump veio para o meu lado com uma cara muito simpática, muito agradável. Acho que pintou uma química mesmo”, afirmou.

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Na terça, durante o discurso na Assembleia Geral da ONU, o presidente dos EUA declarou que teve uma “ química excelente” com o petista e que ele era um “homem agradável”. Na frente de outros líderes, Trump também disse que os dois se abraçaram e que um encontro oficial ocorreria na próxima semana para discutir a atual crise diplomática entre os países.

Desde que a Casa Branca anunciou, em julho, tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, sob a alegação de que o Poder Judiciário promovia uma suposta “ caça às bruxas” contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), condenado por tentativa de golpe de Estado no Supremo Tribunal Federal (STF), o governo Lula tenta, sem sucesso, conversar com o republicano para desmentir informações que teriam sido repassadas a aliados de Trump sobre o Brasil.

O Palácio do Planalto confirmou o aceno amistoso de Trump em dialogar com Lula. O presidente se colocou à disposição para retornar aos Estados Unidos, a fim de que a conversa ocorra de forma presencial.

Nesta quarta-feira (24), Lula disse torcer para que o encontro bilateral “dê certo”. “Estendi a mão para ele, cumprimentei, disse que temos muito a conversar. Não há limite nem veto de assunto. Mas tem que haver uma conversa. Tenho muita coisa para tratar e dois chefes de Estado precisam dialogar com base em informações verdadeiras. Acho que ele está mal-informado sobre o Brasil, o que o levou a tomar decisões equivocadas. Na hora em que tivermos um encontro, acredito que isso estará resolvido”, declarou.

*** Matéria em atualização.

Jornalista pela UFMG, com passagem pela Rádio UFMG Educativa. Na Itatiaia, já atuou na produção de programas da grade, apuração e na reportagem da Central de Trânsito Itatiaia Emive. Atualmente, contribui como repórter na editoria de política.