O presidente dos Estados Unidos,
Donald Trump, saiu em defesa do ex-presidente
Jair Bolsonaro (PL) nas redes sociais nesta segunda-feira (17). Na Truth Social, o republicano afirmou que Bolsonaro está sendo alvo de uma “caça às bruxas”.
O
ex-presidente é réu no Supremo Tribunal Federal (STF) pela
suposta tentativa de golpe de Estado após a derrota nas eleições de 2022.
Sem mencionar diretamente a ação no Supremo, Trump afirmou que acompanhará de perto o que acontece no Brasil, mas já declarou que Bolsonaro “não é culpado de nada”. “Ele não é culpado de nada, exceto por lutar pelo povo. Eu conheci Jair Bolsonaro, e ele foi um líder forte, que realmente amava seu país — além disso, um negociador muito duro em comércio”, escreveu Trump.
Sem citar diretamente nenhuma pesquisa, o republicano ainda disse que a disputa em 2022, contra o presidente Lula (PT), foi apertada e que, no cenário atual, Bolsonaro estaria “liderando” as intenções de voto para o pleito de 2026.
O
ex-presidente, no entanto, está inelegível por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e, portanto, não poderá disputar as próximas eleições. “Isso não é nada mais, nada menos, do que um ataque a um oponente político. Algo sobre o qual eu sei muito! Aconteceu comigo dez vezes, e agora o nosso movimento é o mais ‘quente’ do mundo”, complementou Trump.
Relação diplomática entre EUA e Brasil
As declarações de Trump refletem em um momento delicado da diplomacia entre o Brasil e os Estados Unidos. Durante a
17ª Cúpula dos Brics, que acontece no Rio de Janeiro, o presidente Lula subiu o tom e criticou a decisão recente da
Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), liderada pelos EUA, que aumenta os gastos militares.
“
Isso evidencia que os recursos para implementar a Agenda 2030 existem, mas não estão disponíveis por falta de prioridade política. É sempre mais fácil investir na guerra do que na paz”.
— disse o petista.
Enquanto isso, o republicano ameaçou países de se alinharem os Brics, afirmando que esses terão uma sobretaxa de 10% nas exportações para os Estados Unidos.
Desde o início do mandato,
Trump tem ameaçado os Brics caso o grupo
parasse de fazer transações comerciais e financeiras usando o dólar como moeda de referência.