O
presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçou tarifar países do grupo
Brics em até 100% caso eles sigam com a ideia de acabar com a “prevalência” do dólar americano, com a criação de uma
nova moeda.
A ideia de que os Brics estão tentando se afastar do dólar enquanto nós [EUA] ficamos parados e assistimos ACABOU. Exigimos um compromisso desses países de que eles não criaram uma nova moeda e nem apoiarão nenhuma outra para substituir o poderoso dólar americano ou eles irão enfrentar tarifas de 100% e poderão dar adeus às vendas para a maravilhosa economia norte-americana
Escreveu Trump no X, antigo Twitter, para Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.
Em outubro, a presidente do
Novo Banco de Desenvolvimento, Dilma Rousseff, na Cúpula dos Brics, em Kazan, na Rússia, criticou o “uso do dólar como arma” pelos Estados Unidos. No último ano, ela também disse que os EUA se beneficiaram da soberania do dólar para barrar o crescimento de economias emergentes.
O presidente
Lula (PT), também na cúpula dos Brics, manifestou apoio à proposta do grupo para criação de uma moeda comum entre os países membros para a substituição do dólar. O debate foi liderado, principalmente, por Rússia e China e, para o governo brasileiro, é um tema que não pode ser postergado.
“Essa discussão precisa ser enfrentada com seriedade, cautela e solidez técnica, mas não pode ser mais adiada. Muitos insistem em dividir o mundo entre amigos e inimigos. Mas os mais vulneráveis não estão interessados em dicotomias simplistas”, disse Lula.
Na noite de sábado (30), Trump afirmou que os Brics devem procurar “outro otário” e que não há “chance” de substituição do dólar americano no comércio internacional.
Desde janeiro deste ano, os
Brics tem dez membros plenos. Além de Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, se uniram ao bloco como membros permanentes Irã, Arábia Saudita, Egito, Etiópia e Emirados Árabes.
Durante 2025, ano em que Trump toma posse como presidente dos Estados Unidos, o Brasil estará na presidência do bloco.
A Itatiaia procurou o Ministério de Relações Exteriores, mas, até o momento, não tivemos retorno.
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