O secretário de Comércio dos Estados Unidos, Howard Lutnick, confirmou neste domingo (27), em entrevista à Fox News, que as tarifas comerciais anunciadas pelo presidente Donald Trump, entrarão em vigor no dia 1º de agosto, sem qualquer possibilidade de prorrogação.
“Sem prorrogações, sem mais períodos de carência — em 1º de agosto, as tarifas serão definidas. Elas entrarão em vigor. A Alfândega começará a arrecadar o dinheiro”.
Veja o vídeo:
"No extensions, no more grace periods — August 1st, the tariffs are set. They'll go into place. Customs will start collecting the money," says Secretary @howardlutnick.
— Rapid Response 47 (@RapidResponse47) July 27, 2025
"The President's definitely willing to negotiate and talk to the big economies." pic.twitter.com/e0UnzoZr9N
O secretário indicou ainda que o governo Trump permanece aberto ao diálogo, mas com ressalvas. “As pessoas ainda poderão falar com o presidente Trump. Ele está sempre disposto a ouvir. Se elas poderão fazê-lo feliz ou não é outra questão. Mas ele está sempre disposto a negociar”, declarou.
Donald Trump justificou o aumento das taxas ao Brasil alegando “ataques insidiosos do Brasil contra eleições livres” e “violações à liberdade de expressão dos americanos”. Em sua declaração, Trump classificou a relação comercial com o Brasil como “injusta” e “longe de ser recíproca”.
EUA tem superávit
Dados oficiais do próprio governo brasileiro apontam o oposto. Segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), o Brasil registra déficits comerciais consecutivos com os Estados Unidos desde 2009. Em 16 anos, o país importou dos EUA US$ 88,61 bilhões a mais do que exportou — o equivalente a cerca de R$ 484 bilhões na cotação atual.
Sobre as negociações com a União Europeia, Lutnick reforçou que os países do bloco precisarão abrir seus mercados para produtos norte-americanos se quiserem que os Estados Unidos considerem a retirada da tarifa de 30% já anunciada.