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‘Luta dos atingidos é também para evitar repetição de episódios como de Mariana’, diz ministra Macaé

Ministra dos Direitos Humanos participou nesta quarta-feira (5) de ato em homenagem às vítimas do rompimento da Barragem do Fundão

Ministra dos Direitos Humanos, Macaé Evaristo, participa de ato dos 10 anos do rompimento da barragem de Mariana

A ministra dos Direitos Humanos e Cidadania, Macaé Evaristo (PT), participou na manhã desta quarta-feira (5), de um ato dos 10 anos do rompimento da Barragem do Fundão, que deixou 19 mortos e afetou a vida de milhares de pessoas na bacia do Rio Doce.

Macaé afirmou que a luta dos atingidos é necessária não apenas para que a memória do “crime ambiental” permaneça, mas para ajudar nas mobilizações de políticas públicas que podem impedir novos desastres ambientais.

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O ato, organizado pelo Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), aconteceu em frente à Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), na região Centro-sul de Belo Horizonte.

“A mensagem aos atingidos é que essa memória do crime que aconteceu só é possível em função da luta dos atingidos. São indígenas, povos quilombolas, pescadores, agricultores familiares. Estamos falando de um rio que é um patrimônio de um povo, é o que dá a vida a nossa existência. São milhares de pessoas que foram afetadas. Essa luta não é só para não esquecermos mais desse crime, mas para que a gente adote políticas públicas para que outros episódios como esse não se repitam”, afirmou Macaé.

10 anos do rompimento da Barragem do Fundão

A tragédia de Mariana completa uma década nesta quarta-feira (5). Eram cerca de quatro horas da tarde do dia 5 de novembro de 2015, quando a barragem de Fundão, da empresa Samarco Mineração S.A., localizada no distrito de Bento Rodrigues, em Mariana-MG, rompeu.

Considerada a maior catástrofe ambiental da história do país, a mistura de rejeitos de minério, areia, água e substâncias químicas desceu desenfreada por cerca de 600 quilômetros, pela Bacia do Rio Doce, até encontrar o mar, no Espírito Santo. O volume era suficiente para encher aproximadamente 22 mil piscinas olímpicas.

Ao todo, 19 pessoas morreram, e 40 milhões de metros cúbicos de rejeitos de minério foram despejados. Um relatório do Conselho Nacional dos Direitos Humanos (CNDH), publicado em 2017, aponta que o número de pessoas desalojadas, desabrigadas e afetadas econômica e ambientalmente somente em Minas Gerais chegou a 311 mil.

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Editor de Política. Formado em Comunicação Social pela PUC Minas e em História pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Já escreveu para os jornais Estado de Minas, O Tempo e Folha de S. Paulo.
Repórter de política da Itatiaia, é jornalista formado pela UFMG com graduação também em Relações Públicas. Foi repórter de cidades no Hoje em Dia. No jornal Estado de Minas, trabalhou na editoria de Política com contribuições para a coluna do caderno e para o suplemento de literatura.