A ministra dos Direitos Humanos e Cidadania, Macaé Evaristo (PT), participou na manhã desta quarta-feira (5), de um ato dos
Macaé afirmou que a luta dos atingidos é necessária não apenas para que a memória do “crime ambiental” permaneça, mas para ajudar nas mobilizações de políticas públicas que podem impedir novos desastres ambientais.
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O ato, organizado pelo Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), aconteceu em frente à Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), na região Centro-sul de Belo Horizonte.
“A mensagem aos atingidos é que essa memória do crime que aconteceu só é possível em função da luta dos atingidos. São indígenas, povos quilombolas, pescadores, agricultores familiares. Estamos falando de um rio que é um patrimônio de um povo, é o que dá a vida a nossa existência. São milhares de pessoas que foram afetadas. Essa luta não é só para não esquecermos mais desse crime, mas para que a gente adote políticas públicas para que outros episódios como esse não se repitam”, afirmou Macaé.
10 anos do rompimento da Barragem do Fundão
A tragédia de Mariana completa uma década nesta quarta-feira (5).
Considerada a maior catástrofe ambiental da história do país, a mistura de rejeitos de minério, areia, água e substâncias químicas desceu desenfreada por cerca de 600 quilômetros, pela Bacia do Rio Doce, até encontrar o mar, no Espírito Santo. O volume era suficiente para encher aproximadamente 22 mil piscinas olímpicas.
Ao todo, 19 pessoas morreram, e 40 milhões de metros cúbicos de rejeitos de minério foram despejados. Um relatório do Conselho Nacional dos Direitos Humanos (CNDH), publicado em 2017, aponta que o número de pessoas desalojadas, desabrigadas e afetadas econômica e ambientalmente somente em Minas Gerais chegou a 311 mil.