O ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Guilherme Boulos (PSOL-SP), não poupou críticas ao governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), e pré-candidato à Presidência. O motivo é ausência do chefe do executivo no atos que marcam os
Em entrevista à Rádio Itatiaia nesta quarta-feira (5), Boulos classificou como “lamentável” a ausência do governador em Minas no dia do evento, que reúne atingidos pela tragédia e integrantes do governo federal.
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“É lamentável que o governador não esteja em Minas nesta data. Parece que é um governador turista, passa 15 dias na Europa, depois vai para a Ásia. É triste ver uma situação desta diante de um acontecimento de impacto internacional”, afirmou o ministro.
Enquanto isso...
Oficialmente, a agenda desta quarta-feira do governador Zema informa que ele está no Rio de Janeiro, onde tem uma reunião com o ex-capitão do Bope, Rodrigo Pimentel, e o deputado federal Paulo Ganime (Novo-RJ). A agenda ainda prevê que Zema participe, virtualmente, da posse da nova diretoria eleita da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg).
‘Tragédia não, crime’
Boulos também destacou que o rompimento da barragem, ocorrido em 2015, não foi uma tragédia, mas um crime cometido por descaso da mineradora Samarco, e reforçou o compromisso do governo Lula com a reparação das vítimas.
“O que aconteceu em Mariana há 10 anos não foi um desastre ou uma tragédia. Foi um crime. As vítimas merecem reparação. No que depender do presidente Lula, ainda que tardiamente, as vítimas vão receber uma reparação”, disse.
O ministro participa nesta quarta de ato organizado pelo Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), na Praça da Assembleia Legislativa, em Belo Horizonte, ao lado da ministra Macaé Evaristo (PT-MG). Esta é a primeira visita de Boulos a Minas desde que assumiu o cargo, na semana passada, em substituição a Márcio Macêdo.
Além da cerimônia principal, o MAB promove ao longo do dia marchas e encontros em diferentes pontos da capital, incluindo o Tribunal Regional Federal da 6ª Região e o Tribunal de Justiça de Minas Gerais.