Horas após o
“A situação do Haiti foi o quinto tema do nosso encontro. Os países caribenhos têm exercido um papel central nos esforços de estabilização do Haiti, mas é necessária uma resposta internacional muito mais robusta”, afirmou o presidente. Ele ainda defendeu o protagonismo da ONU: “O Brasil apoia maior engajamento das Nações Unidas na solução da crise”.
Lula anunciou o início de um programa de treinamento da Polícia Federal que atenderá 400 policiais haitianos ainda este ano e lembrou a inauguração, em outubro passado, do Centro de Treinamento Profissional Paulo Freire, em Léogâne. “Batizamos o centro com esse nome por sugestão do próprio governo haitiano”, destacou.
Situação no Haiti
A crise no Haiti se agravou nos últimos anos, com o colapso das instituições democráticas, a ascensão de gangues armadas e o agravamento da miséria. Desde o assassinato do presidente Jovenel Moïse em 2021, o país vive um vácuo de poder e uma onda de violência que já deslocou centenas de milhares de pessoas. Recentemente, o premiê Ariel Henry renunciou sob pressão, abrindo caminho para uma nova tentativa de transição política.
Durante a cúpula, Lula também saudou o anúncio do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), que doará R$ 1,6 bilhão para ações de reconstrução no Haiti. “É uma notícia importante. Mas sabemos que só com estabilidade política e segurança o povo haitiano poderá reconstruir sua esperança”, afirmou.
Apesar da nota divulgada pelo Itamaraty na manhã desta sexta-feira, em que o Brasil condena o ataque israelense ao Irã e classifica
No restante do discurso, Lula também tratou de temas como mudanças climáticas, segurança alimentar, transição energética e integração logística com os países do Caribe. “Brasil e Caribe abrem uma nova etapa de integração, desenvolvimento sustentável e prosperidade para os nossos povos”, concluiu.