Brasil acompanha salvaguardas da China à carne e buscará diálogo com Pequim

País asiático anunciou sobretaxa de 55% para as exportações que ultrapassarem a cota anual para o produto

O Palácio Itamaraty, sede do Ministério das Relações Exteriores, em Brasília.

O governo brasileiro divulgou nota nesta quarta-feira (31) em que diz acompanhar “com atenção” a decisão da China de impor salvaguardas a suas importações de carne bovina e sobretaxar em 55% os países que ultrapassarem a cota anual determinada para a entrada do produto no país. A medida entra em vigor em 1º de janeiro de 2026.

No comunicado conjunto, os ministérios da Agricultura e Pecuária, Indústria e Comércio, e Relações Exteriores afirmam que a decisão do governo chinês cria uma cota anual inicial de 1,1 milhão de toneladas para as exportações brasileiras.

A nota informa ainda que o Brasil buscará um diálogo com Pequim para mitigar os efeitos da medida.

“O governo brasileiro tem agido de forma coordenada com o setor privado e seguirá atuando junto ao governo chinês tanto em nível bilateral quanto no âmbito da OMC [Organização Mundial do Comércio], com vistas a mitigar o impacto da medida e defender os interesses legítimos dos trabalhadores e produtores do setor”, diz o texto.

Leia também

Repórter de política em Brasília. Formado em jornalismo pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), chegou na capital federal em 2021. Antes, foi editor-assistente no Poder360 e jornalista freelancer com passagem pela Agência Pública, portal UOL e o site Congresso em Foco.

Ouvindo...