China vai taxar em 55% a carne bovina do Brasil em caso de excesso de importação

Ministério do Comércio da China anunciou nesta quarta-feira (31) as cotas anuais de importação de carne, com o Brasil recebendo o maior limite

País é o mais afetado pelas medidas protecionistas chinesas

O Ministério do Comércio da China anunciou, nesta quarta-feira (31), que vai impor tarifas de 55% para a importação de carne bovina para uma série de países que ultrapassarem a cota anual determinada para a entrada do produto no país. O Brasil é um dos afetados pelos limites estabelecidos pela pasta.

A cota total para a importação de carne bovina é de 2,7 milhões de toneladas para 2026. Desse valor, o Brasil recebe a maior parcela, com cerca de 41,1%, ou 1,1 milhão de toneladas. Até novembro de 2025, o país havia exportado cerca de 1,4 milhão de toneladas de carne para o gigante asiático, principal parceiro comercial dos produtores brasileiros.

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Em comunicado, o ministério do Comércio chines afirmou que pesquisas concluíram que a compra de carne estrangeira prejudicou a indústria nacional. As medidas entrarão em vigor em 1º de janeiro, com duração de três anos. Outros países importantes para a relação bilateral de Pequim também terão limites.

A cota da Argentina, por exemplo, deve ser de aproximadamente 500 mil toneladas, enquanto o Uruguai tem um limite de 324 mil toneladas. A Austrália terá uma cota de cerca de 200 mil toneladas, e o limite para os Estados Unidos será de 164 mil toneladas.

A Itatiaia procurou os Ministérios da Agricultura e Pecuária, do Comércio e das Relações Exteriores para comentarem a decisão de Pequim. Até o momento, não houve retorno. O espaço segue aberto para uma manifestação do governo brasileiro.

*Com informações da AFP

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Jornalista formado pela UFMG, Bruno Nogueira é repórter de Política, Economia e Negócios na Itatiaia. Antes, teve passagem pelas editorias de Política e Cidades do Estado de Minas, com contribuições para o caderno de literatura.

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