O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou nesta terça-feira (31) que o SUS deve encerrar 2025 com o maior número de atendimentos da sua história, com 14,2 milhões de cirurgias eletivas, mais de 4 milhões de exames especializados e recordes em procedimentos de média e alta complexidade. O balanço foi apresentado como resposta ao represamento acumulado nos últimos anos.
Em coletiva de imprensa, Padilha explicou o volume de cirurgias realizadas neste ano reflete uma mudança de estratégia do ministério. “A gente vai terminar 2025 com um recorde de cirurgias eletivas realizadas pelo SUS, ultrapassando 14 milhões e 200 mil procedimentos. Esse é um dos grandes gargalos do sistema, ainda é, mas era justamente esse represamento que fazia as pessoas ficarem tanto tempo nas filas, nos municípios e nos estados”, disse.
Ainda segundo o ministro, os resultados estão ligados à implementação do programa ‘Agora Tem Especialistas’, lançado para ampliar o atendimento de média e alta complexidade. “O programa já é uma realidade. A gente ampliou cirurgias, exames e fez os maiores mutirões nacionais da história do SUS, envolvendo hospitais universitários e filantrópicos”, disse, acrescentando que o esforço deve continuar em 2026.
Padilha assumiu o comando do Ministério da Saúde em março deste ano, após a saída de Nísia Trindade, em meio a cobranças do Palácio do Planalto por maior capacidade de execução e redução das filas no SUS. Ao retornar ao cargo - que já havia ocupado entre 2011 e 2014, no governo Dilma Rousseff -, o ministro recebeu do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a missão de acelerar cirurgias, exames e atendimentos especializados represados no sistema público.
O balanço foi apresentado durante evento em Brasília que marcou a renovação do contrato entre o governo federal e a rede Sarah Kubitschek por mais cinco anos. O acordo prevê R$ 7,1 bilhões em investimentos e integrou a agenda do dia do ministro.