O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deve ter alta do hospital nesta quinta-feira (1º), conforme a equipe médica que acompanha o capitão reformado do Exército. A informação foi repassada em coletiva de imprensa nesta quarta-feira (31).
De acordo com os médicos, Bolsonaro não teve novos picos de pressão após os procedimentos pelos quais passou nos últimos dias, está estável, sem arritmias e com a respiração melhor.
A endoscopia à qual o ex-presidente foi submetido nesta quarta-feira revelou um quadro de gastrite e uma esofagite erosiva, que, segundo o cardiologista Brasil Caiado, que acompanha Bolsonaro, é uma das suspeitas das crises de soluço que o acometem.
“Nossa avaliação de hoje, finalizando a proposta inicial que era a cirurgia (de hérnia inguinal) e o bloqueio do nervo (frênico), estamos concluindo tudo o que a gente propôs. Fizemos vários ajustes, fizemos exames para avaliar o estado geral, olhamos o paciente como um todo, e nossa proposta será concluída amanhã”, detalhou.
Apesar disso, o médico reforçou que não é possível precisar o horário da saída de Bolsonaro do hospital em Brasília, visto que a remoção do paciente ficará a cargo da Superintendência da Polícia Federal.
Crises de soluço não foram solucionadas
O médico Cláudio Birolini, que também faz parte da equipe que acompanha o ex-presidente, afirmou na coletiva de imprensa que os três procedimentos de bloqueio dos nervos frênicos realizados pelos profissionais de saúde não resolveram as crises de soluço do ex-presidente.
“Diminuiu a intensidade dos soluços, mas não cessaram as crises. Não tivemos o resultado que esperávamos com o bloqueio do nervo”, explicou. Contudo, o tratamento continuará com soluções medicamentosas e não medicamentosas para controle das crises.
O médico relatou ainda que o quadro de apneia do sono, detectado em um exame de polissonografia realizado no ex-presidente, não é novo e que a equipe médica já tinha conhecimento da condição de Bolsonaro antes da nova internação.