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Lula assume presidência do Mercosul com foco em assinar acordo com a União Europeia

Presidente chefiará o bloco econômico até dezembro deste ano

O presidente Lula (esq.) e o presidente da Argentina, Javier Milei (dir.)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assumiu nesta quinta-feira (3) a presidência temporária do Mercosul, bloco econômico formado por Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e Bolívia. Ele substitui o presidente argentino, Javier Milei, e ocupará o cargo até dezembro deste ano

Em seu discurso, Lula afirmou que sua gestão será focada em cinco pilares:

  • Fortalecer o comércio intrabloco e com parceiros externos;
  • Avançar no enfrentamento às mudanças climáticas e na transição energética;
  • Promover o desenvolvimento tecnológico da região;
  • Combater o crime organizado transnacional;
  • Fortalecer os direitos dos cidadãos, com participação social.

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Ele disse que pretende estudar a criação de uma agência transnacional contra a criminalidade e condenou a exploração unilateral das Ilhas Malvinas pelo Reino Unido. O território é alvo de uma disputa histórica entre a Argentina e os britânicos.

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“A exploração unilateral de recursos naturais nas Malvinas, que condenamos hoje, sinaliza que a América do Sul não permanecerá à parte na corrida global por fontes de energia. Precisamos enfrentá-la unidos”, defendeu.

Uma das prioridades da gestão brasileira também será a assinatura de acordos comerciais, principalmente com a União Europeia. Lula já afirmou quer concretizar o tratado até o final do ano e destacou a necessidade de aproximação com o mercado asiático.

“É hora de o Mercosul olhar para a Ásia, centro dinâmico da economia mundial. Nossa participação nas cadeias globais de valores se beneficiará de maior aproximação com Japão, China, Coreia, Índia, Vietnã e Indonésia”, destacou.

Repórter de política em Brasília. Formado em jornalismo pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), chegou na capital federal em 2021. Antes, foi editor-assistente no Poder360 e jornalista freelancer com passagem pela Agência Pública, portal UOL e o site Congresso em Foco.