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Em encontro com embaixadores europeus, Zema elogia política ambiental de MG

Governador recebeu 20 embaixadores da União Europeia no Palácio da Liberdade, na manhã desta quinta-feira (25)

Governador Romeu Zema ressaltou as mudanças em regras sobre barragens de rejeito no estado após tragédias de Brumadinho e Mariana

O governador Romeu Zema (Novo) elogiou as ações de Minas Gerais na área ambiental durante encontro com embaixadores da União Europeia, na manhã desta quinta-feira (25), no Palácio da Liberdade.

As falas aconteceram dias após uma operação da Polícia Federal ter motivado a exoneração de servidores da Secretaria do Meio Ambiente que estariam ligados a um esquema ilegal de fraudes na mineração.

A delegação da União Europeia, composta por 20 representantes das missões internacionais do bloco no Brasil, busca explorar oportunidades de cooperação com Minas Gerais em áreas estratégicas como economia, turismo, meio ambiente e segurança.

Zema destacou as ações para acabar com barragens de rejeito no estado. “Frisei os avanços que Minas Gerais tem feito principalmente na área de sustentabilidade, que somos um estado cada vez mais seguro no que diz respeito a barragens, devido todas as providências que tomamos após a tragédia de Brumadinho. Os nossos produtos agrícolas, principalmente o café, são produzidos com responsabilidade ambiental, o que é atestado pela Universidade Federal de Minas Gerais, que dá o selo verde para esse produto. Esse monitoramento é feito via satélite”, afirmou o governador.

Zema ressaltou a força do estado na geração de energia limpa e os incentivos que o governo adota para estimular a energia fotovoltaica.

“Minas está participando da transição energética. Somos hoje disparados, o maior gerador de energia fotovoltaica do Brasil, cerca de 13 gigas e, com o Vale do Lítio, com diversas empresas já instaladas produzindo lítio, um metal fundamental na transição energética, principalmente nas baterias”, explicou Zema.

Operação Rejeito

A Operação Rejeita, deflagrada na última quarta-feira (17), mirou suposta organização criminosa composta por mais de 40 empresas que atuavam na distribuição de propinas e no gerenciamento de lobbies para impedir projetos políticos que garantiriam a proteção ambiental da Serra do Curral.

A investigação da PF apontou Gilberto Carvalho e João Alberto Lages como os responsáveis pela articulação institucional da organização. A rede de contatos para viabilizar as fraudes tinha influência na Agência Nacional de Mineração (ANM); na Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam); no Instituto Estadual de Florestas (IEF); e no Conselho Estadual de Política Ambiental (Copam).

Além do núcleo político, a operação indica outros nomes e divide a lista por sua atuação na suspeita de organização criminosa. Alan Cavalcante do Nascimento é apontado como o líder do grupo, responsável pelas decisões estratégicas e pelas movimentações financeiras.

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Jornalista graduado pela PUC Minas; atua como apresentador, repórter e produtor na Rádio Itatiaia em Belo Horizonte desde 2019; repórter setorista da Câmara Municipal de Belo Horizonte.