Os investigadores da Operação Mercúrio, deflagrada pela Polícia Civil de São Paulo contra empresas suspeitas de lavar dinheiro para o Primeiro Comando da Capital (PCC), identificaram pagamentos a Kauê Amaral. Ele é apontado como “olheiro” na execução de Vinicius Gritzbach por criminosos do PCC, ocorrida no Aeroporto Internacional de Guarulhos, na capital paulista. Segundo as investigações, Kauê teria sido responsável por monitorar e alertar os atiradores sobre a chegada de Gritzbach.
As investigações apontam que duas empresas investigadas efetuaram depósitos para um intermediário chamado Matheus, que repassou valores para Kauê, o qual fugiu para o Complexo da Penha, no Rio de Janeiro.
A identificação dos pagamentos a Kauê, apontado como olheiro do PCC, reforça que o grupo alvo da operação desta quinta-feira (4) tem ligação direta com a facção criminosa paulista. A operação mirou uma rede, formada por padarias, lojas de carros e fintechs, que era utilizada para lavar dinheiro para o PCC e outros grupos criminosos.
Embora tenha sido apontado como um dos beneficiários do esquema, Kauê não foi um dos seis alvos de prisão. Foram seis mandados de prisão expedidos, mas nenhum dos alvos foi localizado. Os seis, que não tiveram os nomes revelados, são considerados foragidos.
A Operação Falso Mercúrio cumpriu 48 mandados de busca e apreensão na capital e na região metropolitana de São Paulo. A megaoperação resultou no bloqueio judicial de R$ 6 bilhões de uma rede responsável por lavar dinheiro da facção criminosa PCC. Ao menos 257 veículos, avaliados em R$ 42 milhões, tiveram restrições judiciais aplicadas.
