O deputado federal Domingos Sávio, vice-líder do PL na Câmara Federal, afirmou, em entrevista à Itatiaia, que a oposição pode, “quase como gesto de desespero”, obstruir a
“É tudo que nós não queremos, obstruir a votação do orçamento do país num ano em que nós sabemos que o país está vivendo grandes desafios. Os deputados e senadores estarão indo buscar a sua reeleição, você não aprovar o orçamento e nós já vivemos essa experiência esse ano, quando você não aprova o orçamento até dezembro, você acaba só lá para o final de março, aprovando o orçamento, lá para abril é que começa a funcionar alguma coisa, aí já chegou o período eleitoral eleitoral. Então seria um desastre. Mas pode ser que a gente tenha que tomar essa atitude”, afirmou.
O parlamentar sustenta que o gesto é “quase de desespero” em “defesa de quem está desesperado, de quem está sendo humilhado, de quem está sendo covardemente injustiçado”. “E eu não tô me referindo só ao presidente Bolsonaro, não. O presidente Bolsonaro, o que estão fazendo é desumano. Você acha que dá para a gente entrar de férias no congresso, dizer: "Ó, estamos de recesso”, e nem pautar a anistia?”, destaca.
Ele reforça que houve 311 votos a favor do regime de urgência na tramitação do projeto, que há vontade política de votar a anistia e ainda critica os presidentes da Câmara e do Senado por não colocarem o projeto na pauta. “Agora o Hugo Mota não pauta, o Davi não pauta e nós vamos entrar em recesso. Então, se não pautar a semana que vem, eu e outros líderes, eu sou vice-líder do PL, mas fui quem fez a proposta e o meu líder já acolheu. Se não faltar, nós vamos obstruir o orçamento”, conclui.
LDO foi aprovada
O Congresso Nacional aprovou, nesta quinta-feira (4), a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2026, que é uma base para o orçamento, que ainda será apreciado pela Casa. A proposta estabelece que o Poder Executivo deverá liberar até o fim do primeiro semestre 65% do total das emendas parlamentares de execução obrigatória. A regra vai valer para emendas individuais, coletivas e para as chamadas transferências especiais, as “emendas pix”. Segundo o relator, deputado Gervásio Maia (PSB-PB), a medida busca assegurar a execução dos recursos em pleno ano eleitoral.