Caso Marielle: Moraes pede que STF marque julgamento dos acusados de mandarem matar a vereadora

Ex-deputado e demais réus apontados como mandantes do crime seguem presos preventivamente

Marielle Franco e seu motorista, Anderson, foram assassinados em 2018

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), solicitou nesta quinta-feira (4) que seja marcado o julgamento presencial dos réus que foram acusados de serem os mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco.

O pedido de Moraes foi feito ao presidente da Primeira Turma, ministro Flávio Dino, responsável por definir o calendário das sessões.

O processo envolve cinco réus, todos atualmente presos:

  • Domingos Inácio Brazão, ex-conselheiro do TCE-RJ
  • João Francisco Inácio Brazão (Chiquinho Brazão), ex-deputado federal
  • Rivaldo Barbosa de Araújo Júnior, delegado da Polícia Civil
  • Ronald Paulo Alves, major da Polícia Militar
  • Robson Calixto Fonseca, policial militar

O despacho de Moraes foi emitido após a conclusão da fase de instrução do processo e a apresentação das alegações finais de acusação feita pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e pelas defesas dos réus.

“Considerando o regular encerramento da instrução processual, o cumprimento de todas as diligências complementares deferidas, bem como a apresentação de alegações finais pela Procuradoria-Geral da República, pelas assistentes de acusação, e por todos os réus”, afirmou Moraes na decisão.

Relembre o caso

Marielle Franco e Anderson Gomes foram mortos em 14 de março de 2018, no Rio de Janeiro.

As investigações apontam que os irmãos Chiquinho e Domingos Brazão teriam encomendado o crime em meio a disputas de interesse envolvendo atuação de milícias e domínio territorial.

Eles estão presos desde 24 de março deste ano, após delação do ex-policial Ronnie Lessa, que foi o executor dos disparos ao lado de Élcio Queiroz.

Lessa e Queiroz foram condenados, respectivamente, a 78 anos e 9 meses, e 59 anos e 8 meses de prisão.

Em sua delação, Lessa afirmou que os irmãos Brazão ofereceram US$ 10 milhões pela execução de Marielle.

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Repórter de política em Brasília, com foco na cobertura dos Três Poderes. É formado em Jornalismo pela Universidade de Brasília (UnB) e atuou por três anos na CNN Brasil, onde integrou a equipe de cobertura política na capital federal. Foi finalista do Prêmio de Jornalismo da Confederação Nacional do Transporte (CNT) em 2023.

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