A sabatina de Jorge Messias, indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para o Supremo Tribunal Federal (STF), só deve ocorrer em 2026.
A sinalização foi dada nesta quinta-feira (4) pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), que ao ser questionado por jornalistas sobre a pauta da Casa, afirmou: “Este ano, só orçamento”.
Messias precisa passar por uma sabatina feita pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado e ter o nome aprovado pela comissão e pelo plenário do Senado para assumir a vaga na Corte.
O líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (PT), confirmou que a análise da indicação ficará para o próximo ano.
“Esse debate sobre a indicação ao STF será para o próximo ano, acho que já ficou pacificado”, afirmou Randolfe.
Na terça-feira (2), Alcolumbre decidiu cancelar a sabatina inicialmente marcada por ele para o dia 10 de dezembro, sob a justificativa de que o governo não enviou ao Senado a mensagem formalizada sobre a indicação.
Alcolumbre classificou a atitude do governo como “grave e sem precedentes”. “É uma interferência no cronograma da sabatina, prerrogativa do Poder Legislativo”, afirmou em nota.
Nos bastidores, contudo, Alcolumbre expressa insatisfação com a escolha de Messias, por preferir que Lula indicasse o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) ao STF.
A crise em torno da indicação se intensificou após Alcolumbre acusar o governo de atrasar deliberadamente o envio da mensagem ao Senado e de avisá-lo sobre a escolha apenas pela imprensa.