A reunião ordinária da tarde desta terça-feira (22) na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) não trouxe
“Esse livro já foi proibido no Mato Grosso do Sul, no Paraná e no Goiás. Só que o governo federal, do Luiz Inácio (Lula), mandou o livro ser novamente posto no plano de indicação de livros para adolescentes”, disse Caporezzo. “As palavras são tão chulas, descrevendo cenas de sexo com palavras de baixo calão, de utilização de cocaína, de utilização de maconha, de utilização de bebidas, uma descrição de um assédio de pedofilia com uma menina de 13 anos”, acrescentou o deputado sobre o livro.
O parlamentar também criticou a postura da presidente da Comissão de Educação da ALMG, Beatriz Cerqueira (PT). “Ao invés de proteger as crianças, (Beatriz) falou que eu estaria praticando violência contra as professoras. Por que ela não leu o livro, já que eu estou sendo violento? É a mesma pessoa que entrou com um processo de violência política de gênero contra mim, porque para ela é assim: se eu discordo dela, logo sou um criminoso. A palavra dela tem que ser soberana e inatacável”.
Beatriz Cerqueira, por sua vez, lembrou que os professores têm a autonomia de escolher os materiais que serão distribuídos aos alunos em sala de aula. “A Constituição Federal, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, a Constituição do Estado asseguram a liberdade de cátedra do professor, né? Nós temos que lembrar que a professora, o professor estudam muito para entrar numa sala de aula e precisam, assim como outras profissões, ser respeitados, né? Então, é sobre isso. Não é uma questão de lado (político). E essa tentativa permanente de alguns parlamentares, tanto no âmbito estadual quanto no municipal, de criminalizar a profissão docente e fazer disso a sua principal pauta, não tem nada melhor para entregar a sociedade, não tem nada melhor para fazer do que criminalizar e perseguir professores, né? Uma situação gravíssima”, explicou.
A deputada lamentou ainda o fato de ter que defender o livro publicamente. “Sugiro que todos leiam, porque é um livro fantástico. Eu fico com vergonha, eu fico com muita vergonha de, na política mineira, nós estarmos vivendo esse momento em que eu tenho que defender o óbvio, tenho que defender uma literatura, tenho que defender um importante livro”, frisou.
Vencedor do Prêmio Jabuti
Em 2021, a obra venceu o Prêmio Jabuti, o mais tradicional e importante do setor literário do país, concedido pela Câmara Brasileira do Livro.