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Governo de Minas anuncia criação de protocolo de segurança em estádios

Na reunião de retorno das atividades do Conselho de Defesa Social, foi determinado também a criação de seis grupos de trabalho que irão atuar no combate ao crime organizado.

A primeira encontro do Conselho de Defesa Social, que estava parado desde 2014, determinou protocolos específicos de atuação da Polícia Militar (PMMG) em partidas de futebol em Minas Gerais.

Segundo o vice-governador Mateus Simões (Novo) foi estabelecido uma “matriz de risco e responsabilidade” que classifica os jogos em riscos que vão do mais baixo até o mais grave. “Nós também estabelecemos parâmetros de presença policial ampliada para que possamos garantir a segurança dentro do estádio e no entorno do estádio”, explicou em coletiva de imprensa nesta segunda-feira (24).

Para a próxima reunião, que irá acontecer no dia 2 de abril, representantes dos clubes Atlético Mineiro e Cruzeiro, por exemplo, além de representantes dos estádios, como Arena MRV e Mineirão, estarão convidados. O objetivo desse encontro, de acordo com Simões, será apresentar as medidas e também o custo das mesmas, que devem ser implementadas de forma “imediata”. “Teremos com os estádios e os clubes uma discussão sobre o financiamento do esforço policial adicional que será necessário”, explicou.

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Grupos de Trabalho

O governo também anunciou a criação de seis grupos de trabalho voltados no combate ao crime organizado em diversas frentes.

Segundo Simões, os diversos setores envolvidos no sistema criminoso, movimentam bilhões de reais por ano e o objetivo seria discutir a implementação de medidas específicas para cada um.

  • Fraudes financeiras e crimes virtuais: mais de R$ 180 bilhões.
  • Combustíveis: R$ 61 bilhões.
  • Tabaco: R$ 10 bilhões.
  • Ouro: R$ 18 bilhões.
  • Bebidas: R$ 57 bilhões.
  • Tráfico de drogas: R$ 15 bilhões.
Uma das grandes preocupações da gente ter eh esses grupos multitemáticos é para que a gente possa começar a atingir a forma de financiamento do crime organizado. Por quê? O crime organizado é uma estrutura que se alimenta essencialmente de dinheiro”.
— disse o vice-governador.

Uma das preocupações apontadas, também, foi o avanço do crime organizado no Estado. Em Minas Gerais, já são 8.500 faccionados identificados no sistema de segurança do Estado, conforme os dados apresentados pelo vice-governador.

Quando o assunto é crime organizado, Minas Gerais conseguiu garantir que o crime organizado não se instalasse como base, tá certo? Temos problema de crime organizado, especialmente onde? Nas nossas divisas, em que a gente tem uma pressão de entrada e nos grandes corredores de trânsito de Minas Gerais. Como somos um estado central, acaba passando pela nossa malha rodoviária o descaminho, o contrabando e o tráfico... Esse é o nosso desafio”.
— detalhou.

Na próxima semana, representantes da Receita Federal, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Ministério Público e Tribunal de Justiça de Minas Gerais também serão convidados para as discussões.

Jornalista pela UFMG com passagem pela Rádio UFMG Educativa. Na Itatiaia desde 2022, atuou na produção de programas, na reportagem na Central de Trânsito e, atualmente, faz parte da editoria de Política.
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