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Governo Lula deve se reunir para discutir a taxação dos EUA sobre aço e alumínio; veja os detalhes

O ministro da Fazenda afirmou que o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços está organizando informações para apresentar a Lula

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que o governo brasileiro está acompanhando a decisão do governo norte-americano para saber a “minúcia” do anúncio de taxação do aço e do alumínio que entram nos Estados Unidos.

A medida pode impactar diretamente o Brasil, que foi o segundo maior fornecedor de aço e ferro aos Estados Unidos, em 2024. Ainda não há uma data definida para a reunião de Lula com os ministros.

Antes da taxação, o presidente brasileiro havia dito durante entrevista a rádios mineiras, incluindo à Itatiaia, que haveria reciprocidade se Trump adotasse a medida. No entanto, segundo apuração da Itatiaia, o governo brasileiro optou por adotar uma postura cautelosa por enquanto.

Em entrevista ontem (11) a jornalistas, Haddad destacou que a medida não é direcionada exclusivamente ao Brasil e afirmou que ainda não sabe qual é a abertura dos EUA para negociações.

“Nós estamos imaginando voltar para a mesa de negociação com propostas nessa direção”, disse Haddad sobre o contexto geral da relação com as nações, ao citar a avaliação de que “medidas unilaterais como as tomadas pelos EUA são “contraproducentes” para a melhoria da economia global.”

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Governo observa

Haddad destacou que o governo está acompanhando os impactos da decisão de Trump, assim como as respostas de países como México, Canadá e China. Ele ressaltou ainda que, em 2018, os EUA desistiram de aplicar a sobretaxa ao aço brasileiro ao aceitarem o modelo de cotas. “Então, por isso que o MDIC está fazendo essa avaliação, para levar para o presidente o quadro geral e nós vamos avaliar conjuntamente”, disse ele.

Antes de tudo, diplomacia

Haddad mencionou a diplomacia ao ser perguntado sobre o movimento de países que já procuraram Trump para negociar. “O Itamaraty está envolvido também. Não posso responder pelo Itamaraty, cada ministério está fazendo a sua parte, mas o MDIC está centralizando para levar o presidente e à Casa Civil com uma opinião a respeito”, concluiu Haddad.


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Jornalista com trajetória na cobertura dos Três Poderes. Formada pelo Instituto de Educação Superior de Brasília (Iesb) e especialista em Língua Portuguesa pelo Centro Universário de Brasília (Uniceub), atuou como editora de política nos jornais O Tempo e Poder360. Atualmente, é coordenadora de conteúdo na Itatiaia.