Uma mudança de versão na delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid teve influência na
A Polícia Federal (PF) afirmou, na representação pela prisão de Braga Netto ao Supremo, que Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, apresentou depoimentos “dissonantes” sobre reuniões entre militares após a eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Uma delas foi a que
Braga Netto foi preso nesta manhã de sábado (14).
Depoimentos de Cid
De acordo com a Polícia Federal, no primeiro depoimento, dado em 11 de março de 2024, o tenente-coronel Mauro Cid mencionou uma reunião na casa do general Braga Netto, na qual militares teriam discutido temas como a importância das manifestações e o pedido de intervenção militar. Cid afirmou que não se lembrava com clareza, mas acreditava ter saído mais cedo do encontro para retornar ao Palácio do Alvorada, residência oficial do presidente Bolsonaro.
No segundo depoimento, dado em 21 de novembro de 2024, Cid revelou detalhes adicionais sobre outro encontro, informações que não haviam sido mencionadas antes. Esse depoimento aconteceu após a PF descobrir omissões em sua delação, como mensagens apagadas de seu celular.
“Alguns dias após [a reunião de 12 de novembro], o general Braga Netto entregou dinheiro que havia sido solicitado para a realização da operação.
Com isso, o ministro Alexandre de Moraes reafirmou a validade da colaboração, alertando que as omissões poderiam resultar na anulação do acordo de delação.