O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), já está com agenda e atitude de quem está em busca de disputar a
Apesar de não ser um quadro que surgiu em palanques, Zema já encarnou o político tradicional e subiu em vários palcos para defender os seus apadrinhados políticos. Em algumas agendas,
O político do Novo repete a fórmula de Bolsonaro de polarizar com a esquerda. No ‘tour’ eleitoral por Goiás e Mato Grosso, Zema aproveitou entrevistas para atacar o PT ao lembrar que recebeu um Estado economicamente destruído das mãos do petista
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A voz de Zema ecoou em redes sociais e listas de mensagens de grupos liberais que são críticos ferrenhos de programas sociais. Em outro aceno à direita,
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Em um encontro do grupo Lide do ex-governador de São Paulo, João Doria Jr, em Portugal, o político do Novo criticou a burocracia brasileira que, segundo ele, atrapalha os empresários. “Aqueles que tentam preparar o Brasil para o futuro são sabotados”, disse o governador a uma plateia formada por empresários e investidores, além de políticos.
Além das Alterosas, políticos ouvidos pela reportagem avaliam que Zema é muito bem aceito entre defensores do livre mercado e eleitores que defendem o chamado “
Tentando se projetar no cenário nacional, Zema tem nomes fortes para enfrentar internamente antes mesmo da eleição. Interlocutores destacam que líderes conservadores têm falado reservadamente sobre a importância de não dividir à direita na disputa presidencial. Com isso, há nomes importantes do campo da direita dizendo que vão atuar para que seja construída uma única chapa para disputar o Palácio do Planalto.
Se isso ocorrer, Zema, para ser o número um da direita nacional, terá que desbancar nomes como o governador de São Paulo,
Defendendo uma “super-chapa”, articulares da direita defendem a união de ao menos dois desses nomes. Mesmo nesta configuração de cabeça de chapa e vice, muitos nomes terão que ficar de fora da disputa. Antes de polarizar com a esquerda, Zema precisa ser “eleito” como o melhor quadro para representar à direita no país. O governador mineiro está disposto a trabalhar para isso. Para a Itatiaia, fontes no Governo de Minas disseram que Zema já comunicou ao alto escalão que quer disputar a Presidência da República e irá se afastar das funções de governador em março ou abril de 2026, cerca de seis meses antes das eleições.
Como as decisões finais ainda não estarão tomadas, Zema deixará o governo de Minas antes de ter o seu futuro definido no cenário nacional. Com tantos nomes no campo conservador, o político do Novo pode não conseguir emplacar o nome na corrida pelo Palácio do Planalto como o cabeça de chapa. Querendo contribuir com a direita, integrantes do governo dizem que Zema estaria disposto a aceitar o cargo de vice, caso líderes da direita entendam que o seu nome será importante para uma composição de uma chapa forte.
O cargo de vice é o limite para Zema. Em um café da manhã com jornalistas no qual a Itatiaia estava presente, o governador disse que não tem interesse em disputar uma vaga no legislativo.
Com base nas argumentações utilizadas pelo governador para justificar a afirmação, o político do Novo não está disposto a brigar por uma cadeira no Senado Federal, prática comum entre governadores de 2º mandato. Fontes garantem que o secretário-chefe da Casa Civil, Marcelo Aro, é o nome que será lançado pelo governo de Minas para disputar o Senado.