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Presidente do STF valida acordo de repactuação de Mariana

Conforme Luís Roberto Barroso, o valor, de R$ 170 bilhões, é ‘significativo e faz deste um dos maiores acordos ambientais da história’

Tragédia de Mariana

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, assinou nesta quarta-feira (6) a homologação do acordo de repactuação dos danos causados pelo rompimento da barragem de Fundão, da mineradora Samaarco, em Mariana (MG). Os termos da proposta foram celebrados no último dia 25, em uma cerimônia no Palácio do Planalto.

Pelo acordo, serão destinados R$ 170 bilhões para ações de reparação e compensação. Conforme Barroso, o valor é “significativo e faz deste um dos maiores acordos ambientais da história, possivelmente o maior”.

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A decisão foi enviada por Barroso para análise do plenário do STF, também na manhã desta quarta-feira (6). A Corte aprovou o documento, por unanimidade.

Do valor total, R$ 100 bilhões serão repassados aos entes públicos – União, estados de Minas Gerais e Espírito Santo e municípios que aderirem ao acordo – para aplicação em projetos ambientais e socioeconômicos, incluindo programas de transferência de renda.

As indenizações individuais previstas são de R$ 35 mil, como regra geral, e R$ 95 mil para os pescadores e agricultores. Para povos indígenas, comunidades quilombolas e outras comunidades tradicionais serão destinados R$ 8 bilhões.

Outros R$ 32 bilhões serão direcionados para recuperação de áreas degradadas, remoção de sedimentos, reassentamento de comunidades e pagamento de indenizações às pessoas atingidas, que serão realizados pela Samarco. Os R$ 38 milhões restantes já foram gastos antes do acordo em ações de reparação dos danos.

O acordo foi formalizado em cerimônia no Palácio do Planalto, no final de outubro, pelas empresas Samarco, Vale e BHP, pelos governadores de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), e do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), além do advogado-geral da União, Jorge Messias, e autoridades do judiciário.

Ação no exterior

Municípios e atingidos movem uma ação na Inglaterra a respeito do desastre de Mariana. O país é sede da BHP, dona da Samarco juntamente com a Vale.


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Jornalista com trajetória na cobertura dos Três Poderes. Formada pelo Instituto de Educação Superior de Brasília (Iesb) e especialista em Língua Portuguesa pelo Centro Universário de Brasília (Uniceub), atuou como editora de política nos jornais O Tempo e Poder360. Atualmente, é coordenadora de conteúdo na Itatiaia.