O escritório que representa os atingidos na ação em Londres repercutiu, nesta sexta-feira (25), a assinatura do acordo de Mariana
Os advogados dos atingidos, que pedem R$ 230 bilhões em indenização, criticaram os valores negociados no Brasil. “Infelizmente, as negociações no Brasil ocorreram a portas fechadas, sem transparência, e foram encerradas sem participação dos atingidos. Além disso, o acordo prevê que parte da reparação será diluída em 20 anos, ou seja, 30 anos após o desastre”, completaram.
Ainda segundo os representantes legais das vítimas da justiça inglesa, mesmo após o acordo, o processo continua. “Os tribunais ingleses foram claros ao determinar que o julgamento na Inglaterra pode prosseguir independentemente dos eventos no Brasil, apesar das repetidas tentativas da BHP de negar aos nossos reclamantes essa via para a justiça”, afirmaram em nota.
Apesar de a BHP ter afirmado perante a corte britânica que alguns requerentes já receberam os valores devidos, o escritório nega que haja duplicidade de pedidos.
“Reiteramos também que não haverá qualquer tipo de duplicidade de indenizações. Nossos clientes não foram incluídos nas negociações e buscam reparações integrais por uma série de danos morais e materiais que não estão contemplados no acordo no Brasil’, concluiram eles.
O julgamento começou na última segunda (25) e termina em março.