Durante a cerimônia de assinatura do termo de repactuação do acordo de Mariana, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) cobrou das mineradoras Vale, Samarco e BHP mais responsabilidade nas ações preventivas a desastres, como o ocorrido em 2015 na região Central de Minas Gerais.
Em seu discurso, Lula afirmou que o que ocorreu na barragem de Fundão foi resultado de uma irresponsabilidade das empresas envolvidas que, à época, teriam negligências as questões de segurança envolvendo a estrutura que se rompeu, despejando cerca de 9 milhões de metros de rejeito de minério sobre o rio Doce.
“Cada centavo que for utilizado é tido como investimento para a gente recuperar a desgraça que a irresponsabilidade de uma empresa causou, é isso que tem que ficar claro. Nós estamos fazendo o reparo de uma desgraça que poderia ter sido evitada, mas que não foi. Por irresponsabilidade, por ganância de lucro”, disse o presidente.
Lula também acusou as empresas de priorizarem o lucro dos acionistas e se esquecerem de cumprir com as obrigações previstas e ainda agirem de forma igualmente irresponsável anos depois, quando a barragem da mina de Córrego do Feijão se rompeu em Brumadinho, na região metropolitana de Minas Gerais.
“Eu espero que as empresas mineradoras tenham aprendido uma lição. Ficaria muito mais barato ter evitado o que aconteceu. Infinitamente mais barato. Certamente não custaria 20 bilhões evitar o que aconteceu”, lamentou o presidente.