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Governo Brasileiro reage a ataque que matou Ismail Haniyeh, líder político do Hamas

Itamaraty condenou veementemente o assassinato que ocorreu nesta quarta-feira; Irã acusa Israel pela autoria do atentando

Itamaraty emitiu comunicado sobre a morte do líder político do Hamas

O governo brasileiro se manifestou nesta quarta-feira (31) após a morte do chefe do Escritório Político do Hamas, Ismail Haniyeh, ocorrido em Teerã, no Irã. Em nota divulgada pelo MInistério das Relações Exteriores, o país condenou ‘veementemente’ o assassinato e alegou que o episódio dificulta ainda mais as negociações para uma solução pacífica no conflito entre Israel e o Hamas.

Na nota, o Brasil alega que o assassinato é um “flagrante desrespeito à soberania e à integridade territorial do Irã, em clara violação aos princípios da Carta das Nações Unidas”. Além disso, o Itamaraty também afirma que o ato não contribui para a busca por estabilidade e paz no Oriente Médio.

“Tais atos dificultam ainda mais as chances de solução política para o conflito em Gaza, ao impactarem negativamente as conversações que vinham ocorrendo para um cessar-fogo e a libertação dos reféns”, disse, em nota.

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De acordo com os portais locais, Haniyeh foi morto às 2h desta quarta, horário de Teerã (20h de terça em Brasília), enquanto estava numa residência de veteranos de guerra no norte da capital iraniana. Os comunicados não dão detalhes sobre como o líder do Hamas foi morto e ninguém assumiu imediatamente a responsabilidade pelo assassinato.

O Hamas e o governo do Irã acusam Israel de ser responsável pelo ataque, mas o governo Netanyahu ainda não se manifestou. Em ocasiões anteriores, o governo israelense já havia declarado sua intenção de eliminar os líderes do Hamas.

Desde outubro de 2023, quando o conflito entre o governo de Israel e o grupo Hamas, que comanda a Faixa de Gaza, teve início, o Brasil tem criticado a postura do governo de Benjamin Netanyahu nas negociações de cessar-fogo.

Na nota em que condena o ataque a Haniyeh, a diplomacia brasileira afirma que, para interromper a grave escalada de tensões no Oriente Médio, é essencial implementar um cessar-fogo imediato na Faixa de Gaza, em cumprimento à Resolução 2735 do Conselho de Segurança das Nações Unidas, aprovada no mês passado.

A decisão, aprovada com 14 votos a favor e uma abstenção, endossa a proposta de cessar-fogo anunciada em maio pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden. Conclama Israel e o Hamas a implementarem, imediata e completamente, o plano de cessar-fogo proposto, dividido em três fases distintas.


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Supervisor da Rádio Itatiaia em Brasília, atua na cobertura política dos Três Poderes. Mineiro formado pela PUC Minas, já teve passagens como repórter e apresentador por Rádio BandNews FM, Jornal Metro e O Tempo. Vencedor dos prêmios CDL de Jornalismo em 2021 e Amagis 2022 na categoria rádio