Kim Kataguiri recorre à Justiça e pede R$ 80 mil à União por espionagem da Abin paralela

Alvo de uma mega-operação de espionagem ilegal por servidores da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), o deputado Kim Kataguiri (União Brasil-SP) recorreu à Justiça Federal de São Paulo e ingressou com uma ação de danos morais contra a União. Ele exige uma indenização de R$ 80 mil a título de reparação e pede acesso às informações obtidas sobre ele pelos espiões.

No último dia 11, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), derrubou o sigilo de uma operação da Polícia Federal (PF) contra sete alvos suspeitos de participação na ‘Abin paralela’. A investigação indica que a agência de inteligência foi usada para espionar ilegalmente adversários políticos de Jair Bolsonaro durante o período em que ele esteve na presidência da República.

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Conversas interceptadas pela PF indicam que Kim Kataguiri, o senador Renan Calheiros (MDB-AL) e o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), estavam entre os alvos. Um dos diálogos obtidos pela polícia mostra que o intuito dos espiões era ‘caçar podres’ do deputado eleito pelo União Brasil. Cacique político em Alagoas, Calheiros também indicou que pretendia recorrer à Justiça pela espionagem ilegal.

Investigação. Segundo o inquérito da Polícia Federal, o software FirstMile, de propriedade da Abin, foi usado ilegalmente para espionar adversários políticos e até aliados de Bolsonaro. As investigações revelaram que parlamentares e até jornalistas foram alvo das ações.