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Defesa de Cid pede ao STF extinção de pena e retirada de tornozeleira eletrônica

Ex-ajudante de ordens de Bolsonaro foi condenado a dois anos de prisão por participação em plano golpista

O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL)

A defesa do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), pediu nesta sexta-feira (12) ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a extinção da punibilidade do militar e a revogação das medidas cautelares impostas a ele.

O pedido foi feito um dia após a Primeira Turma do STF condenar Cid a dois anos de prisão no processo sobre uma tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.

Segundo os advogados, Cid já cumpriu a pena, pois ficou preso preventivamente durante as investigações e, posteriormente, sob restrições de liberdade, incluindo o uso de tornozeleira eletrônica.

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“Considerando a pena imposta foi de dois anos, e que, Mauro Cid está com restrição de liberdade havidos mais de dois anos e quatro meses, entre prisão preventiva e as cautelares diversas da prisão – desde maio de 2023, extinto está, fora de toda dúvida, o cumprimento da pena”, afirmou a defesa no pedido.

Os advogados também pedem que Cid deixe de usar tornozeleira eletrônica, além do desbloqueio de bens e da devolução de seus passaportes.

Dos réus que foram condenados pelo STF, Cid foi quem teve a menor pena. O tempo de prisão reduzido foi resultado de um acordo de delação premiada firmado pelo militar e homologado pela Suprema Corte.

Segundo Moraes, a colaboração do militar foi importante para a investigação e não houve mentira ou contradição nas informações prestadas por ele. A pena de dois anos para Cid foi aceita de forma unânime pelos ministros da Corte.

O acordo também determinou que os bens e valores apreendidos fossem devolvidos ao militar.

Repórter de política em Brasília, com foco na cobertura dos Três Poderes. É formado em Jornalismo pela Universidade de Brasília (UnB) e atuou por três anos na CNN Brasil, onde integrou a equipe de cobertura política na capital federal. Foi finalista do Prêmio de Jornalismo da Confederação Nacional do Transporte (CNT) em 2023.