O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) nega ter tido qualquer tipo de relação com a Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Nesta quinta-feira (11), a Polícia Federal cumpriu mais uma fase da
Pelas investigações da PF, a Abin teria sido utilizada para proteger Flávio, que foi investigado pela prática de ‘rachadinha’ em seu gabinete. Para o senador, a operação desta quinta tem viés político, especialmente para atingir o nome de Alexandre Ramagem, que é deputado federal (PL-RJ), pré-candidato do PL à Prefeitura do Rio de Janeiro e ex-diretor da Abin.
“Simplesmente não existia nenhuma relação minha com Abin. Minha defesa atacava questões processuais, portanto, nenhuma utilidade que a Abin pudesse ter. A divulgação desse tipo de documento, às vésperas das eleições, apenas tem o objetivo de prejudicar a candidatura de Delgado Ramagem à prefeitura do Rio de Janeiro”, publicou Flávio em uma rede social.
A operação é batizada de ‘Última Milha’,
Nesta nova fase, os policiais federais cumprem cinco mandados de prisão preventiva e sete mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília, Curitiba, Juiz de Fora, Salvador e São Paulo.
O foco das investigações agora está nos membros que faziam parte do chamado ‘gabinete do ódio’ - nome dado a um grupo de assessores de Jair Bolsonaro que atuavam no Palácio do Planalto como uma espécie de milícia digital, coordenando ataques direcionados a adversários do ex-presidente.
Nesta fase, as investigações revelaram que membros dos Três Poderes e jornalistas foram alvos de ações do grupo, incluindo a criação de perfis falsos e a divulgação de informações sabidamente falsas.
A organização criminosa, segundo atribui a Polícia Federal, também usou a estrutura da Abin para acessar ilegalmente computadores, aparelhos de telefonia e infraestrutura de telecomunicações para monitorar pessoas e agentes públicos.