O vereador carioca Carlos Bolsonaro (PL) criticou a operação da Polícia Federal (PF) deflagrada nesta manhã de quinta-feira (11) sobre suposto uso indevido da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para monitorar autoridades, incluindo ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). “Após documentos se tornarem públicos conclui-se que ter amizade comigo virou passível de ser crime e ser meu ex-assessor também! Parabéns”, escreveu Carlos no X, antigo Twitter.
O uso indevido da Abin teria ocorrido quando o órgão era chefiado por Alexandre Ramagem (PL-RJ). Ele foi diretor-geral da Abin de julho de 2019 a março de 2022. Ele é ligado a Carlos Bolsonaro, também investigado.
“A verborragia do dia da imprensa, o gabinete do ódio do sistema, é tentar dar uma cara à narrativa suja deles, SEM NUNCA SEQUER MOSTRAR NENHUMA PROVA, a não ser o fetiche por minha imagem. Todos sabem que isso tem método”, escreveu Carlos.
Relatório da PF
A Polícia Federal cumpriu cinco mandados de prisão contra ex-servidores cedidos da Abin e influenciadores digitais. O ministro Alexandre de Moraes (STF) é relator do caso e autorizou a operação. Há mais sete mandados de busca e apreensão em andamento. As ações ocorrem em cinco cidades: Brasília, Curitiba, Salvador, São Paulo e Juiz de Fora (MG).
A Rádio Itatiaia entrou em contato com a Abin e tenta falar com Alexandre Ramagem (deputado federal e ex-diretor da agência), mas não obteve resposta até a publicação desta reportagem. O espaço segue aberto para posicionamentos.