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Reação negativa de servidores ao reajuste faz com que projetos do Ipsemg e IPSM tramitem separados

Assembleia Legislativa vai priorizar tramitação de projeto que aumenta alíquota de contribuição dos servidores civis ao Ipsemg; proposta está em pauta em comissão

Servidores protestaram contra projeto de reajuste de 4,62% nos salários de todas as categorias

A Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) vai priorizar a tramitação do Projeto de Lei que aumenta a alíquota de contribuição previdenciária para servidores civis em detrimento das mudanças no Instituto de Previdência dos servidores militares.

Ouvidos pela Itatiaia, alguns deputados acreditam que se trata de uma estratégia do governo para evitar um novo confronto com as forças de segurança, após os embates das últimas semanas em torno do reajuste de 4,62% a todas as categorias.

Os dois projetos de lei foram enviados pelo governador Romeu Zema (Novo) à Assembleia no mês passado, mas enfrentam forte rejeição de sindicatos e associações tanto da segurança pública — no caso das mudanças previstas para o IPSM — como de outras categorias, entre elas educação e saúde, no caso das mudanças do Ipsemg. Como mostrou a Itatiaia, essas serão as duas próximas batalhas de Zema contra o funcionalismo público.

A prova de que a tramitação das duas propostas caminhará de forma separada é que apenas o PL 2.238/2024, que aumenta o piso e teto de contribuição dos servidores civis ao Instituto de Previdência o Estado de Minas Gerais (Ipsemg), está pautado para a reunião da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) desta terça-feira (11).

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O que prevê projetos que alteram Ipsemg e IPSM

O Projeto de Lei 2.238/24 altera as regras atuais de contribuição dos servidores ao Ipsemg. Conforme o texto, a contribuição mensal dos servidores ativos e inativos (aposentados e pensionistas) permanece com a alíquota de 3,2%, no entanto, haverá reajuste no piso e teto das contribuições.

Ipsemg: entendas as mudanças propostas pelo governo Zema para instituto dos servidores

O patamar mínimo passa dos atuais R$ 33,02 para R$ 60, enquanto o teto, de R$ 275,15 para R$ 500.

O Ipsemg garante direito a assistência médica, hospitalar, farmacêutica e odontológica aos beneficiários na rede credenciada ao Instituto.

Já o Projeto de Lei 2.239/24 institui para o servidor militar, seja da ativa ou não a alíquota de 3% e, para o Estado, de 1,5%, para o custeio da assistência à saúde por meio do IPSM.

A proposição ainda mantém, para o custeio das aposentadorias e pensões, a contribuição de 10,5%, já descontada atualmente da folha de pagamentos e questionada pelos militares, que contribuíram com 8% antes de alterações na legislação federal.


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Repórter de política na Rádio Itatiaia. Começou no rádio comunitário aos 14 anos. Graduou-se em jornalismo pela PUC Minas. No rádio, teve passagens pela Alvorada FM, BandNews FM e CBN, no Grupo Globo. No Grupo Bandeirantes, ocupou vários cargos até chegar às funções de âncora e coordenador de redação na BandNews FM BH. Na televisão, participava diariamente da TV Band Minas e do BandNews TV. Vencedor de 8 prêmios de jornalismo. Já foi eleito pelo Portal dos Jornalistas um dos 50 profissionais mais premiados do Brasil.
Editor de política. Foi repórter no jornal O Tempo e no Portal R7 e atuou no Governo de Minas. Formado em Comunicação Social pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), tem MBA em Jornalismo de Dados pelo IDP.