O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Kássio Nunes Marques, atendeu na noite desta quarta-feira (13), pedido do Governo de Minas e da Assembleia Legislativa e
“Cerrar os olhos para a situação fiscal de determinado ente da Federação sinalizaria irresponsabilidade dos Poderes do próprio Estado ou da União, considerado o pacto federalista, bem como eventual desvio de finalidade, tendo em conta a atuação das instituições públicas pautada pelos princípios da moralidade e da eficiência e pelas competências que lhes foram constitucionalmente atribuídas”, diz o ministro em trecho da decisão.
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Em dezembro de 2022, o STF decidiu que o Governo de Minas poderia proceder à adesão ao Regime de Recuperação Fiscal, do governo federal, e estabeleceu prazo de um ano para que o projeto passasse pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) e fosse sancionado pelo governador Romeu Zema (Novo).
No entanto, nas últimas semanas,
A proposta alternativa de Pacheco também sugere que recursos da compensação pelas perdas da Lei Kandir sejam utilizados no cálculo para que o valor total seja reduzido.
Com o adiamento do prazo concedido pelo Supremo, a
É a vitória do diálogo e da boa política, capitaneada pelo senador @rodrigopacheco, sobre o maior problema de Minas Gerais. Agora, vamos utilizar esse novo prazo para construirmos, juntos, uma proposta definitiva a essa histórica dívida do nosso estado.
— Tadeu Martins Leite (@_Tadeuzinho) December 14, 2023
Quem também se manifestou sobre a decisão de Nunes Marques foi o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD). Aliado de Pacheco, ele alfinetou o governador Romeu Zema em uma publicação em rede social.
“Não vamos aceitar que o governo de Minas empurre o problema para frente, e muito menos que o servidor pague essa conta”, afirmou.
Rodrigo Pacheco e Fernando Haddad se reuniram nesta quinta (7) para discutirem proposta alternativa ao Regime de Recuperação Fiscal
O que é o Regime de Recuperação Fiscal?
Em 2019, Romeu Zema enviou à ALMG o Projeto de Lei 1.202/2019, que pede autorização aos deputados para que o estado possa aderir ao Regime de Recuperação Fiscal, um programa criado pela Lei Complementar 159 e que estabelece uma série de condições para o refinanciamento de dívidas que estados possuem com a União.
De 2016 para cá, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Goiás aderiram ao programa.
O RRF tem duração de nove anos e dá condições mais favoráveis aos estados para que possam pagar suas dívidas com o governo federal, no entanto, os governos estaduais precisam dar contrapartidas.
Zema enviou, neste ano, o Plano de Recuperação Fiscal à Secretaria Nacional do Tesouro, órgão ligado ao Ministério da Fazenda. Esse plano contém uma série de medidas propostas pelo estado para que possa dar prosseguimento na adesão ao RRF. O projeto do governador mineiro prevê, por exemplo, a privatização da Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemig), além de restrições na concessão de reajustes salariais aos servidores públicos (
A equipe econômica do governador mineiro defende a proposta como parte da solução para a situação fiscal e orçamentária do estado, mas passou a considerar uma alternativa ao plano após críticas feitas por Rodrigo Pacheco e pelo presidente da ALMG, deputado Tadeu Martins Leite, que se reuniram em novembro para discutir uma alternativa para a solução da dívida de Minas com a União.
O que é a proposta alternativa ao RRF?
O pacote de medidas alternativas ao RRF proposta por Pacheco prevê não a privatização das empresas estatais, mas a