Deputados que fazem oposição ao governo de Romeu Zema (Novo) na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) pediram que o Executivo estadual retire de tramitação o projeto de lei que autoriza o estado a aderir ao
No dia 31 de outubro, Zema enviou um ofício ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD),
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O Projeto de Lei 1.202/2019 tramita na Comissão de Administração Pública da ALMG e ainda deve passar pela Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária antes de seguir para votação, em primeiro turno, no plenário da Casa.
Projeto pode ser retirado de pauta?
A deputada estadual Beatriz Cerqueira (PT) defende que o projeto não seja votado em comissão nesta terça-feira (14).
“Para que nós vamos votar esse parecer hoje na Comissão de Administração Pública, sendo que tratativas estão sendo feitas na quinta-feira (16)?”, questiona a parlamentar relembrando uma reunião marcada entre o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco e o presidente da ALMG, deputado Tadeu Martins Leite (MDB) marcado para esta semana sobre o assunto.
“Nós podemos suspender temporariamente a tramitação, aguardar o debate político que o governador Romeu Zema deveria ter feito e não fez e aguardar essa movimentação nacional pra apresentar alternativas à situação fiscal de Minas Gerais”, sugere.
Já a deputada Lohanna França (PV) diz que há outros caminhos, como a auditoria da dívida do estado com a União e a federalização de estatais, como a Codemig, a Cemig e a Copasa.
“Tudo isso tem que ser discutido com a Secretaria Nacional do Tesouro e com o Ministério da Fazenda”, afirma.
Líder do bloco Minas em Frente, da base do governo de Minas, o deputado Cássio Soares (PSD), diz ver com bons olhos a entrada do presidente do Senado nas negociações e que o Governo de Minas está aberto a outras alternativas.
“Até então, o governo tinha uma lei federal que trata do Regime de Recuperação Fiscal como uma única alternativa e o governo [de Minas] está completamente aberto para alternativas outras que sejam mais viáveis, mais factíveis e com a possibilidade que o estado não perca essa capacidade de investimento (...) e para que o governo federal possa ser mais acessível e que tenha outras possibilidades menos danosas que o Regime de Recuperação Fiscal”, considera.
Presente em uma audiência pública para discutir o RRF, o secretário de Estado de Fazenda, Gustavo Barbosa, disse não ver “problema nenhum” na negociação que envolve o presidente do Senado.
“O presidente do Senado se dispôs a negociar e qualquer ajuda para o estado de Minas Gerais é fundamental, não temos problema nenhum. O que a gente propõe é uma forma de reduzir, um congelamento do pagamento da dívida e ainda a oferta de federalização da Codemig, mas isso hoje não está em lei. Se o Congresso Nacional aprovar, seria maravilhoso. Isso vai ajudar no pagamento da dívida, mas são duas coisas diferentes: como pagar a divida e como ela é estruturada. Já apresentamos outras propostas para o ministro Haddad [Fazenda]”, responde.