Servidores públicos estaduais se mobilizam nesta terça-feira (7) por uma
Um ato chamado pelos sindicatos de “grande manifestação” está marcado para a manhã desta terça-feira (7) em frente à Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).
O descontentamento dos sindicatos que organizam os atos, é com o
Sindicatos falam em possível congelamento de salários e venda de estatais.
Veja mais:
‘Plano de Recuperação Fiscal não resolve o problema da dívida de MG’, diz presidente da Assembleia Recuperação Fiscal de Zema prevê, ‘ao menos’, duas revisões no salário de servidores em 9 anos
“Estão mobilizados e vão comparecer às atividades setores da segurança pública, principalmente da Polícia Civil, do Judiciário. É uma mobilização inédita contra a aprovação do plano de recuperação fiscal. Além da paralisação, faremos uma assembleia unificada do funcionalismo público estadual para decidirmos os próximos passos no enfrentamento do plano”, explica a coordenadora-geral do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (SindUte-MG), Denise Romano.
Já o presidente do SindÁgua, sindicato que reúne servidores da Copasa, Eduardo de Oliveira, há forte mobilização de trabalhadores, com uma manifestação prevista na frente da estatal em Belo Horizonte e uma caminhada. Segundo ele, a participação do sindicato é contra uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), a PEC do Referendo, que pretende diminuir o quórum para venda de estatais na Assembleia Legislativa e acaba com a consulta popular para a privatização.
“As estatais mineiras, a exemplo da Copasa, Cemig e a Gasmig são protegidas pela Constituição do Estado porque prestam serviços essenciais à população. Para privatizá-las é preciso de um quórum de três quintos dos deputados e, depois, ser submetido a um referendo popular. Ou seja, o governo precisa ouvir os deputados e o povo. A PEC 24 é um golpe contra a democracia, porque diminui o quórum para a maioria simples e exclui a participação popular”, explica.
Já Emerson Andrada Leite, coordenador-geral do Sindicato da Indústria Energética (Sindieletro-MG), que abrange a Cemig, em conversa com a reportagem chamou a privatização de “desmonte”, e também diz que há intenções ideológicas ocultas na possibilidade de venda da empresa.
Em nota, o Governo de Minas diz que mantém diálogo com todas as categorias, e que todos os direitos de servidores estão garantidos no regime de recuperação fiscal, incluindo benefícios, progressões de carreira e reajustes de salários, e que duas revisões nos vencimentos estão previstas no plano. Ressalta, ainda, que prevê apenas a desestatização da Codemig. Ou seja, Cemig e Copasa não fazem parte do escopo do RRF.