A Polícia Federal pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a prisão preventiva do
Segundo a representação da PF, o senador aparece nas investigações como integrante do núcleo político de uma organização criminosa acusada de promover descontos associativos fraudulentos em aposentadorias e pensões do INSS. A corporação afirma que Weverton teria atuado como “sustentáculo político” do esquema, oferecendo blindagem institucional e capacidade de influência, o que, na avaliação dos investigadores, ampliava a longevidade e a eficácia das práticas criminosas
A decisão judicial descreve que mensagens, planilhas e documentos apreendidos apontam para vínculos estreitos entre os operadores financeiros do esquema e agentes políticos, com menções diretas ao nome do senador em arquivos analisados durante a fase de rastreamento do dinheiro. Para a PF, esses elementos justificariam a necessidade da prisão preventiva, sob o argumento de risco à ordem pública, à instrução processual e de continuidade delitiva
Apesar disso, a PGR entendeu que não estavam configurados os requisitos legais para a prisão preventiva do parlamentar, posição seguida pelo relator. O STF manteve o caso sob sua jurisdição em razão do foro por prerrogativa de função, mas afastou, neste momento, a possibilidade de prisão de Weverton Rocha
Procurado, o senador afirmou, em nota, que recebeu “com surpresa” a busca realizada em sua residência e declarou que, “com serenidade, se coloca à disposição para esclarecer quaisquer dúvidas assim que tiver acesso integral à decisão”.
Outros pedidos de prisão
Além do senador, a Polícia Federal solicitou a prisão preventiva de outros 15 investigados, apontados como integrantes centrais da estrutura criminosa, entre
- Romeu Carvalho Antunes;
- Thiago Schettini Batista;
- Domingos Sávio de Castro;
- Adelino Rodrigues Junior;
- Rubens Oliveira Costa;
- Alexandre Caetano dos Reis;
- Milton Salvador de Almeida Júnior;
- Eric Douglas Martins Fidelis;
- Paulo Gabriel Negreiros;
- Alexandre Guimarães;
- Marcos de Brito Campos Júnior;
- Rodrigo Moraes;
- Gustavo Marques Gaspar;
- Adroaldo da Cunha Portal;
- Hélio Marcelino Loreno
No caso de Adroaldo da Cunha Portal, então secretário-executivo do Ministério da Previdência, a PGR também se manifestou contra a prisão preventiva. O STF, contudo, autorizou seu afastamento cautelar do cargo, medida que levou à exoneração do auxiliar pelo governo federal.
A Operação Sem Desconto investiga um esquema que teria funcionado entre 2019 e 2024, com prejuízo estimado em até R$ 6,3 bilhões, atingindo principalmente aposentados e pensionistas de baixa renda. As investigações continuam, e a Polícia Federal avalia novos desdobramentos a partir do material apreendido